terça-feira, 21 de agosto de 2012

Brasil: um país em greve


Não criei esse blog para falar de economia de forma geral, mas é lógico que as decisões políticas e econômicas tomadas no país influenciam também o valor das empresas, o custo do dinheiro e o crescimento do país.

Por isso tenho 3 itens rápidos sobre a greve dos funcionários públicos que acontece no Brasil.


1- De cada R$ 10 que o Governo arrecada com impostos, R$ 6,50 vão apenas para pagar salários e aposentadorias. (gráfico da Economist)

Dos mesmos R$ 10, apenas R$ 0,10 centavos são investidos em estradas, ferrovias e aeroportos. Embora o gráfico mostre 6%, ele inclui também os valores utilizados nos financiamentos imobiliários, que na verdade não é investimento e sim concessão de crédito.                                                                                                                                                   
A matemática é simples, não há espaço para aumento do salário dos servidores.

2- Os salários dos funcionários públicos são muito maiores que os da iniciativa privada. 

Isso não é lógico, pois o funcionário público não pode ser demitido e tem 2 meses de férias por ano (considerando o recesso de 3 meses à cada 5 anos).  Somente por isso, o salário já deveria ser inferior do que numa empresa privada, onde pode-se ser demitido à qualquer momento e férias, se você for Diretor, podem não existir. 
Mas não bastasse isso, sabe-se que as empresas e órgãos públicos prestam um péssimo trabalho à sociedade, o que me leva ao terceiro ponto:

3-  Não há qualquer incentivo à produtividade, não existe meritocracia. 
Se uma pessoas ganha seus R$ 7.000 por mês fazendo ou não fazendo o seu trabalho e sendo impossível demiti-la por incompetência, qual sua motivação para realizar um bom trabalho? Se o meu esforço não será premiado, porque vou trabalhar mais que meu colega de trabalho?


A Inglaterra teve 20 anos de crescimento após a Margaret Tatcher vencer o braço de guerra com os sindicatos e acabar as greves dos servidores públicos. Além disso privatizou todas as empresas que podia, livrando o Estado dum peso desnecessário. Ela sabia que a iniciativa privada sempre é mais eficiente na gestão das empresas, pois há motivação ao trabalho.

A Inglaterra precisou de uma mulher para quebrar os sindicatos. Espero que aqui a nossa mulher também consiga vencer essa ferrenha batalha e entre para a história como a Presidente que garantiu 20 anos de crescimento.