domingo, 16 de dezembro de 2012

2012: um ano ruim para a bolsa?

Faltando apenas alguns dias para o fim do ano, já seria possível fazer um balanço e dizer que 2012 foi um ano ruim para a bolsa. O Ibovespa subiu apenas 1,3% até novembro, muito menos que a inflação, poupança ou CDI.

Contudo, a análise do estrategista André Rocha demonstra que esse não foi um ano perdido para a bolsa, mas sim um ano ruim para a Petrobrás e as Elétricas. A Petro sozinha representa 10% do Ibovespa, por isso quando ela cai (ou sobe), leva junto o Índice.

Todas as empresas públicas ou concessionárias sofrem quando o Governo usa e abusa de políticas populistas, como foi em 2012. Dilapidando patrimônio dos acionistas para baixar o preço da gasolina artificialmente, forçando a Petro a ter prejuízo num setor que é altamente lucrativo no resto do mundo.
É assim há muitos anos, por isso não costumo comprar ações de empresas em que o governo é o controlador.

Como o estudo e o gráfico abaixo demonstram, as empresas privadas tiveram um desempenho excelente. Foi a queda da Petro e das Elétricas que trouxe o índice para o chão.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Livro do Ano

Costumo ler na média 10 livros por ano. Acho que ainda é pouco, mas é o que o tempo tem me permitido.

O melhor livro que li neste ano de 2012, com certeza foi "Os Grandes Investidores", de Glen Arnold.


O livro tem uma abordagem simples e rápida da estratégia adotada pelos maiores investidores do mundo: Warren Buffett, George Soros, Ben Graham, John Templeton, Philip Fisher, Peter Lynch e  Anthony Bolton.


Tive algumas boas surpresas no livro, principalmente conhecer Peter Lynch de quem eu pouco sabia. Gostei muito da estratégia dele e pretendo me aprofundar nos estudos.



Um ótimo presente de Natal para quem gosta de ler sobre investimentos.


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A bolha de crédito


O crédito só para de se expandir quando empréstimos passados  começam a dar calote. Geralmente, o crédito cresce até o momento em que o preço dos ativos fica caro demais, gerando excesso de oferta na indústria. Nesse ponto, o crédito não somente para de crescer, como ele diminui. A bolha de crédito começa a desinflar fazendo consumo e investimento reduzirem.

Howard Marks.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

George Soros

Se investir é entretenimento e você está se divertindo, provavelmente não está ganhando dinheiro. Bons investimentos são chatos.

George Soros

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Corrupção X Burocracia


Pesquisa do Banco Mundial demonstra: países onde é fácil realizar negócios são os que menos têm corrupção.

Quanto mais burocracia, maior a corrupção.


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Oportunidade?

Desde que a crise se anunciou na Europa, os analistas têm recomendado investir em ações de empresas que atuam no mercado interno. 

Acho que essa estratégia teve seu tempo de bonanças, especialmente em 2010 e 2011, quando o governo estimulou o crédito fortemente e a população tinha espaço para fazer dívidas.

Agora, contudo, os brasileiros já estão endividados no seu limite. Não há mais espaço para crescer o consumo, ele já está no ápice.

Por isso comecei a sair das minhas posições em empresas muito focadas no mercado nacional e que estão com preços elevados. 

Contudo, há alguns dias, o investidor André Rocha publicou um artigo dizendo acreditar que ainda existem algumas pechinchas na bolsa. 

Pelo gráfico anexo, que copiei da matéria dele, vê-se que Magazine Luiza e Grendene estariam com grandes descontos perante seus principais concorrentes. 


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Buffett: inflação é inimiga do investidor

"As pessoas que ocupam cargos públicos quase sempre são contra inflação, mas muito à favor das políticas econômicas que à produz."

Warren Buffett, 1977.


Desde a queda do Ministro Palocci, o Brasil vêm adotando políticas monetárias frouxas e heterodoxas:

  • Gastando muito mais do que arrecada (não consegue pagar nem mesmo os juros da sua dívida);
  • Injetando dinheiro nos bancos públicos para financiar consumo;
  • Entupindo o BNDES de dinheiro público;
  • Mantendo os juros muito baixos mesmo com a inflação passando de 6% ao ano;
  • IGP-M acumulado desde a posse da Presidente Dilma já está em 24,51%.

É óbvio que a inflação está descontrolada e pode ir pelos ares, a qualquer momento.

Os beneficiados  pela inflação são os grandes devedores, os que possuem ativos fixos como imóveis ou ouro e os políticos no poder, que surfam no pseudo-crescimento antes da inflação começar a destruir a renda.

A inflação destrói patrimônio de empresas, investidores, salários e dívidas.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Porque o dólar sobe?

Ben Bernanke não para de imprimir dólares. Eles são usados para comprar moedas  de outros países, na tentantiva de forçar a desvalorização do dólar. Isso deveria favorecer as exportações Norte-americanas e diminuir a dívida simultaneamente.

Contudo, por mais dinheiro que o FED imprima (Q1, Q2, Q3) o dólar, ao invés de se desvalorizar continua apreciando. Por que?

Segundo Richard Duncan, autor do livro The New Depression, isso acontece porque os outros países também tem impresso dinheiro. E todo esse dinheiro impresso no resto do mundo é usado para comprar Dólares.

Há anos a China usa seu superávit comercial para comprar dólares e bonds americanos. Agora, os países da Zona do Euro também estão mantedno juros extremamente baixos e imprimindo dinheiro para perdoar dívidas. Esse dinheiro acaba indo para comprar dólares também.
Segundo consta, 90% da dívida americana está na mão de outros países.

Por mais que os EUA quisessem aumentar os juros de seus títulos, há tantos comprando-os que o excesso de demanda acabaria por tornar o "yeld" desses juros quase nulo.
Duncan ainda argumenta que os juros nos EUA continuarão negativos enquanto os outros países estiverem despejando dinheiro nos mesmos.


A questão principal, para pensar sobre todo esse assunto, é que dinheiro não tem mais valor nenhum. Há tanto dinheiro sendo impresso no mundo hoje, que ter o papel-moeda é péssimo. O ideal hoje é ter ativos. A tendência é que eles valorizem devido à inflação. 

Não foram os ativos que subiram de preço, mas o dinheiro que perdeu valor.

É por isso que o ouro subiu tanto nos últimos anos. O ouro em si não vale mais do que valia antes, ele é estável, tem o mesmo valor. 

É como se o ouro tivesse valor constante de 100. Quando o governo imprime dinheiro ele gera inflação e o ouro sobe pra 150.
Se acontece uma crise ou catástrofe, fica difícil transformar ativos em dinheiro. Nessa hora, quem tem dinheiro é rei. Nesse caso, o ouro passaria a valer somente 75.

Essa é a dança das cadeiras. A situação só está piorando desde que o FED começou a imprimir dinheiro. Em parte, essa coisa toda me lembra a época do Sarney, quando tinhamos inflação de 80% ao dia e mais valia ter uma coca-cola na mão do que 300 cruzados no bolso.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

P/L do Ibovespa

O ibovespa está com um Preço/Lucro de 11x, próximo da média dos últimos 3 anos de 11,4x. Vale lembrar que nesses três anos estivemos passando por crises internacionais.































Em relação ao S&P500, índice dos EUA, o Ibovespa negocia com um desconto de 16,5%.






























Em relação a outros mercados emergentes, a bolsa brasileira está mais barata do que a mexicana que negocia a um P/L de 15,1x e a chilena, com 16,4x. Já em relação à bolsa chinesa representada pelo índice Hang Seng Index, o Ibovespa está mais caro. O P/L da bolsa asiática alcança 9,6x.

Por André Rocha, para Valor.com.br

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Nos EUA, Ações Lideram Valorização

Da Bloomberg
As ações americanas estão superando todas as grandes classes de ativos pela primeira vez em 17 anos, mesmo com a economia crescendo em ritmo mais lento e os lucros apresentando a menor evolução desde 2009.
O índice Standard & Poor's 500 (S&P 500) acumula valorização de 14% em 2012, superando os títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os bônus corporativos, as commodities, o dólar e as ações na Ásia e Europa, segundo apontam dados compilados pela "Bloomberg". A última vez em que isso aconteceu, em 1995, o S&P 500 registrava a maior valorização anual em cinco décadas. Com uma relação preço sobre lucro (P/L) próxima do patamar atual, o índice ganhou outros 93% nos dois anos e meio seguintes.
Apesar de toda a preocupação com a taxa de desemprego e o comportamento do setor industrial, os melhores ativos no ano continuam sendo as companhias americanas, depois de medidas sem precedentes adotadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para estimular o crescimento. Os mais pessimistas afirmam que a paralisia política vai derrubar os preços depois que as medidas de estímulo monetário se esgotarem.
"Estamos antevendo um bom crescimento dos lucros e a perspectiva de melhoria da economia, além de uma alta nos preços das ações e uma política monetária mais branda. Vemos também investidores céticos e um baixo posicionamento em ações", diz Max King, estrategista da Investec Asset Management, em Londres, que tem US$ 100 bilhões sob gestão. 
Os títulos do tesouro apresentam até agora um retorno de 3,3% no ano, em comparação a 9,9% dos bônus corporativos americanos classificados como grau de investimento e a 14% dos os títulos de dívida corporativa de alto rendimento, segundo dados do Barclays. O índice S&P GSCI de 24 commodities avançou 1,7%, enquanto que o Dollar Index, que mede a moeda americana em relação às de seis parceiros comerciais dos Estados Unidos, recuou 0,7%.
Enquanto o S&P 500 supera a maioria dos índices amplos, nove mercados acionários entre os 24 de países desenvolvidos pesquisados pela Bloomberg ganham ainda mais. O índice DAX, da Alemanha, subiu 25% com os investidores na expectativa de que as autoridades vão resolver a crise da dívida na Europa. O índice geral de ações gregas avançou 28% com a perspectiva otimista de que a Grécia vai alcançar um acordo com o FMI e os parceiros europeus para permanecer na zona do euro.
Os estrategistas de Wall Street consultados pela Bloomberg estimam que o S&P 500 deve ultrapassar seu recorde no próximo ano. 

O texto é interessante, mas gostaria de pontuar algumas observações:


1- O principal motivo das ações americanas ou qualquer outro ativo de lá subir é basicamente a emissão maciça de dinheiro pelo FED. Ao emitir dinheiro através do Q1, Q2 e Q3, o FED gera inflação nos ativos. É por isso que o ouro tem subido tanto nos últimos anos, bem como as moedas dos países emergentes.

2- No último parágrafo, o texto diz que analistas sugerem que as ações vão bater os recordes em 2013...  Nunca, nunca mesmo confie em analistas de Wall Street ou Bancos de Investimento. O negócio deles é dizer que as ações vão subir, é pra isso que ganham seus salários. É igual perguntar à um corretor de imóveis se o apartamento que vocês quer comprar vai valorizar, ele sempre dirá sim.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Conselhos


Meu avô perguntou ao meu tio uma vez: "Porque você nunca dá atenção aos conselhos dos outros?" E meu tio respondeu: "Porque a única pessoa que eu tenho certeza que está trabalhando a meu favor o tempo inteiro sou eu mesmo."

Meu tio era do contra. Trabalhou 60 anos como fazendeiro. Quando havia leilões de gado, as pessoas sempre compravam o boi gordo e bonito e pagavam o preço dum boi gordo e bonito. Já meu tio sempre comprava as vacas magras. Ele dizia: - "Não posso melhorar as vacas gordas, mas as magras eu tenho uma grande chance de torná-las saudáveis e gordas, vendendo-as com lucro."

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Dividendos

A maioria das pessoas que investem na Bolsa há muitos anos, costumam comprar ações de boas pagadoras de dividendos. Empresas que forneçam serviços de energia, telefonia, água e pedágio, costumam distribuir os dividendos mais altos.

Isso pode ser uma boa estratégia de longo prazo.


A PIMCO, maior administradora de fundos do mundo, fez uma análise interessante sobre o assunto.

O gráfico abaixo demonstra qual a porcentagem que os dividendos tiveram nos retornos proporcionados pelas ações, durante uma década:



Na década de 30, o retorno das ações foi negativo, por isso os dividendos passam de 100% no retorno proporcionado. Na verdade, o único retorno que houve naquela década foi o dos dividendos, pois as ações estavam desvalorizando.

Já na década de 90, os dividendos só representaram 15% dos ganhos das ações. Isso porque essa década foi uma das que apresentou as maiores valorizações, seguidas pelo Crash de 2002.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Howard Marks


The greatest risk doesn’t come from low quality or high volatility. 
It comes from paying prices that are too high. 
This isn’t a theoretical risk; it’s very real.


terça-feira, 9 de outubro de 2012


Perda de credibilidade de alguns setores 


afugenta investidores



André Rocha - valor.com.br 
A contabilidade é instrumento primordial para a análise fundamentalista, pois permite a gestores e analistas avaliarem a situação patrimonial das companhias. Contudo, a fragilidade das demonstrações contábeis de alguns setores tem afugentado os investidores, especialmente os de bancos médios e incorporadoras.
..."investidores têm fugido de alguns setores, como os de bancos de menor porte e incorporadoras. A ocorrência de operações questionadas pelo Banco Central no PanAmericano (BPNM4) e no Cruzeiro do Sul criou um contágio sobre os demais. Assim, vários bancos médios estão negociando abaixo do valor patrimonial por ação, como o BIC (BICB4), Sofisa (SFSA4) e Indusval (IDVL4), por exemplo."
É verdade que a situação do setor bancário europeu contribui para essa situação, mas não há como negar que a falta de confiança dos investidores nas demonstrações contábeis tem contribuído para essa situação. Isso fica claro quando lemos a reportagem “Empresas brasileiras ficam de fora da corrida por fundos de alto risco”, publicada no Valor de 02/10/12. Andrew Feltus, vice-presidente sênior da gestora Pioneer Investments, afirma: "Os bancos são mais difíceis de analisar, não são muito transparentes como uma companhia exportadora de carnes ou qualquer outro produtor em que podemos ver o que elas realmente produzem para mensurar o seu valor". Embora a reportagem seja dedicada a fundos de dívidas corporativas, creio que os gestores de ações possuem visão parecida.
Outro setor cujas demonstrações contábeis perderam credibilidade é o de incorporação imobiliária, devido aos seguidos estouros de orçamento de obras, significando que as estimativas dos dirigentes estavam muito otimistas. Isso explica o porquê de diversas ações estarem negociando abaixo do valor de liquidação (“net asset value - NAV”), como Brookfield (BISA3) com 0,9 vez, Gafisa (GFSA3) com 0,6 vez, PDG (PDGR3) com 0,9 vez, Rossi (RSID3) com 0,7 vez, entre outras. O que é NAV?  Ele representa o valor que os acionistas receberiam hoje caso a empresa fosse liquidada após se apurar os ativos e se deduzir as despesas. Considerando que a empresa ainda possui projetos a serem lançados no futuro, não faz sentido que o preço da ação seja inferior ao NAV. Isso somente ocorre em situações de crise. Dessa forma, o fato de empresas com excelente liquidez, como as citadas acima, negociarem abaixo do preço de liquidação somente confirma que as demonstrações contábeis dessas empresas não têm transmitido confiança aos investidores.
As companhias conseguirão retomar a confiança dos investidores? Acredito que sim, mas não será tarefa fácil. Como diz o ditado: a confiança leva anos para ser construída e minutos para ser destruída.

André Rocha é analista credenciado pela Apimec e atua há 20 anos como especialista na avaliação de companhias listadas na bolsa.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A Maldição da Forbes


Na China, entrar para a lista da Forbes é perigoso.


Muitas pessoas pagam para não aparecer na lista de bilionários da Forbes. Isso costuma fazer sentido, pois a inveja é o principal motor dos socialistas, comunistas e populistas.

Até nos Estados Unidos, o atual presidente usa o populismo falando que todos os problemas da economia foram causados pelos banqueiros.
Uma questão lógica aponta que seria impossível os banqueiros causarem a crise sozinhos. Ela aconteceu porque todos americanos estavam comprando casas que não podiam pagar só para tentar vende-las mais tarde com lucro. O americano comum tornou-se um especulador...

Na China do Partido Comunista a questão é ainda pior. Embora o Partido Comunista se comporte como capitalista, sua principal aspiração é manter o poder e a ditadura.

Toda vez que uma pessoa entra na lista dos bilionários lá, se torna alvo da inveja da população e do PC. Abre-se uma "caça às bruxas", como se o simples fato de alguém estar na lista dos mais ricos fosse um crime.

Exemplifico:

Porcentagem de pessoas sob investigação, presas ou acusadas de crime:

a) Entre empresários normais:  6,8%;
b) Entre pessoas que já figuraram na lista dos bilionários 17%



Reportagens sobre o assunto:

The Curse of Forbes

When getting rich is not glorius

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Dinheiro Embaixo do Colchão

Para Warren Buffett, dinheiro na mão não tem preço


Lógico que não é pra guardar embaixo do colchão, mas para ficar atento e, quando a oportunidade aparecer, agir com agressividade.


“This is one of the most important things I learned from him: the optionality of cash. He thinks of cash as a call option with no expiration date, an option on every asset class, with no strike price.”

Suddenly, an investor’s asset allocation decisions are not simply between earning nothing in cash and earning something in bonds or stocks. The key question becomes: How much can the cash earn if I have it when I need it to buy other assets that are cheap, versus the upfront cost of holding it?

Vale a pena ler a íntegra:


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Brasil: um país em greve


Não criei esse blog para falar de economia de forma geral, mas é lógico que as decisões políticas e econômicas tomadas no país influenciam também o valor das empresas, o custo do dinheiro e o crescimento do país.

Por isso tenho 3 itens rápidos sobre a greve dos funcionários públicos que acontece no Brasil.


1- De cada R$ 10 que o Governo arrecada com impostos, R$ 6,50 vão apenas para pagar salários e aposentadorias. (gráfico da Economist)

Dos mesmos R$ 10, apenas R$ 0,10 centavos são investidos em estradas, ferrovias e aeroportos. Embora o gráfico mostre 6%, ele inclui também os valores utilizados nos financiamentos imobiliários, que na verdade não é investimento e sim concessão de crédito.                                                                                                                                                   
A matemática é simples, não há espaço para aumento do salário dos servidores.

2- Os salários dos funcionários públicos são muito maiores que os da iniciativa privada. 

Isso não é lógico, pois o funcionário público não pode ser demitido e tem 2 meses de férias por ano (considerando o recesso de 3 meses à cada 5 anos).  Somente por isso, o salário já deveria ser inferior do que numa empresa privada, onde pode-se ser demitido à qualquer momento e férias, se você for Diretor, podem não existir. 
Mas não bastasse isso, sabe-se que as empresas e órgãos públicos prestam um péssimo trabalho à sociedade, o que me leva ao terceiro ponto:

3-  Não há qualquer incentivo à produtividade, não existe meritocracia. 
Se uma pessoas ganha seus R$ 7.000 por mês fazendo ou não fazendo o seu trabalho e sendo impossível demiti-la por incompetência, qual sua motivação para realizar um bom trabalho? Se o meu esforço não será premiado, porque vou trabalhar mais que meu colega de trabalho?


A Inglaterra teve 20 anos de crescimento após a Margaret Tatcher vencer o braço de guerra com os sindicatos e acabar as greves dos servidores públicos. Além disso privatizou todas as empresas que podia, livrando o Estado dum peso desnecessário. Ela sabia que a iniciativa privada sempre é mais eficiente na gestão das empresas, pois há motivação ao trabalho.

A Inglaterra precisou de uma mulher para quebrar os sindicatos. Espero que aqui a nossa mulher também consiga vencer essa ferrenha batalha e entre para a história como a Presidente que garantiu 20 anos de crescimento.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

É o fim da Indústria?


Proteger indústria é política míope, diz Edmar Bacha
Melhores momentos da entrevista de Edmar Bacha para Folha.
Quando o Brasil começou a se desindustrializar?
A partir de 2005, o Brasil foi beneficiado por uma enorme entrada de dólares, provinda da melhoria dos preços das commodities que o Brasil exporta. É uma grande bonança externa. E o efeito colateral dessa bonança é a desindustrialização.
É como uma doença?
Eu não acho que, necessariamente, seja uma doença. Você apenas alterou o padrão de produção da economia. Não tem ninguém doente. Veja o Brasil de hoje. A mão de obra está muito bem, superempregada e com salários muito altos, como nunca teve. O Brasil vai muito bem.
Mas economistas sustentam que o crescimento está travado porque o setor industrial está em crise.
A economia está em pleno emprego. Por que a popularidade da Dilma está tão alta? Do ponto de vista do bem-estar, as pessoas estão muito bem. 
Que setores poderiam crescer e estão parados?
A construção civil, todo o complexo agro-minero-industrial. Mas esses setores dependem muito de infraestrutura, e o que ocorre é que estamos travados por falta de infraestrutura, por falta de mão de obra qualificada.
Não vale a pena o governo tentar recuperar a indústria?
Não através do protecionismo, do crédito subsidiado, nem de medidas pontuais.
Estamos falando de recuperar a capacidade de concorrer e de termos uma indústria produtiva. Afora imposto, e de fato os impostos são extremamente elevados, uma das maiores travas para recriar a indústria é a política do conteúdo nacional.
O governo, em vez de resolver, está ampliando. Eu sou a favor de acabar com a política de conteúdo nacional.
Não é câmbio valorizado e juros altos?
As pessoas acham que mexendo nisso vão resolver o problema. Isso é um equívoco. É preciso entender como isso ocorreu. Não é um monte de gente malévola que apreciou o câmbio e botou os juros na lua.
Mas, ao focar juros e câmbio, perde-se a dimensão dos problemas reais e substantivos, que provocam a perda de competitividade.
A reação à crise agravou a desindustrialização?
A desindustrialização não veio porque as pessoas consumiram. Se, em vez de consumir, tivéssemos investido, importaríamos mais ainda. Não acho que veio daí.
As pessoas dizem que o investimento está fraco porque a indústria está fraca. Mas foi justamente quando a indústria enfraqueceu que o investimento aumentou, entre 2005 e em 2011, quando passou de 15% para 20% do PIB.
Qual é a sua explicação?
A indústria é só 15% do PIB. E os outros 85%, que vão muito bem? O Eike Batista deve ter investido.
Então, quais são os problemas reais da indústria?
A indústria é excessivamente tributada no Brasil, comparada com as indústrias estrangeiras. Isso é um problema. Outro é que a indústria tem pouca flexibilidade de comprar insumos de fora por causa dessa política de requisito nacional e das altas tarifas cobradas na entrada de bens de capital e insumos.
O governo não deveria salvar certos setores, como têxteis e calçados?
Existem muitas indústrias de tecidos no Brasil que vão bem.
Essa política protecionista, de escolha de vencedores, constrange a capacidade produtiva a ficar aqui dentro, nesse rame-rame. É preciso olhar além da avenida Paulista [em alusão à Fiesp].

EDMAR BACHA foi presidente do IBGE, do BNDES e integrou o grupo de formuladores do Plano Real, em 1994. 


Mais uma vez fica claro, é a burocracia a principal causa do atraso brasileiro.

Corrupção, juros altos, impostos elevados, tudo isso atrapalha. Mas nada é pior que a "burrocracia".




quarta-feira, 25 de julho de 2012

50% das construtoras está com desconto na Bolsa


As construtoras estão entre as empresas com maiores taxa de desconto na Bolsa. Isso aconteceu por dois motivos:
1- Perspectivas negativas pro setor: muitas pessoas estão com medo de uma bolha imobiliária ou de um desaquecimento geral do mercado;
2- A regra contábil utilizada pela maioria destas construtoras, que de forma fantasiosa, lança como receita o valor de um aparatamento que ainda nem começou a construir.

Apesar destes fatores o mercado imobiliário é bastante sólido no Brasil. Ainda há muito mercado e pessoas que não tem casa própria. 
Vale ressaltar que a Bolha americana aconteceu principalmente porque as pessoas estavam comprando casas para especular e não para morar. Algo parecido com aqueles que acham que vão comprar na planta e vender com 100% de lucro dois anos depois.

Contudo acredito no futuro setor. Há financiamento e há clientes procurando imóveis. Os preços podem até cair, mas não será nada drástico. 
Minha aposta específica é na Gafisa, com um desconto de 57% sobre o P.L.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Promoção: leve 2 pague 1

A consultoria Economática fez uma amostra com 231 companhias da Bolsa (com mais de 300 milhões de Patrimônio Líquido - PL) e constatou que 32% estavam sendo negociadas abaixo de seu PL. Em outras palavras, estão sendo vendidas com desconto.


Isso é Value Investing, comprar uma empresa com desconto. E se 32% das empresas estão abaixo do valor patrimonial, fica fácil fazer Investimentos de Valor.


A situação é bem simples, basta verificar algumas coisas:


1- A empresa que estou comprando está sendo negociada com desconto (sobre o PL ou sobre o Valor Instrínseco)?
É bem provável que a maioria esteja no presente cenário. Na minha opinião há apenas algumas exceções negativas, como: BR Malls ou BR Properties.

2- Essa empresa é boa, está preocupada com o acionista, em dar lucro?  
Exemplos bons: Ambev, Bradesco. (existem para dar lucro ao acionistas).
Exemplo ruins: Banco do Brasil, Petrobrás. (existem para servir os interesses dos políticos no governo).


3- As perspectivas da empresa são boas? Ela deve continuar sendo rentável ou está em decadência?
Exemplo bom: portos, infra-estrutura em geral.
Exemplo ruim: setor têxtil, indústrias que tenham competição direta com a China.


Se o desconto for grande, uma análise simples como essa já é suficiente.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Romântico

Chamar de investidor alguém que está comprando e vendendo o tempo todo é a mesma coisa que chamar de romântico alguém que faz sexo casual frequentemente.

Warren Buffett

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Ben Graham - O Sr. Mercado

Imagine que você tem metade de uma empresa que vale 10.000. A outra metade pertence à seu sócio, o Sr. Mercado

Ele é muito prestativo, todo dia ele vai até você e lhe faz uma oferta pela sua parte na empresa. 

Às vezes a idéia de valor que ele tem parece plausível e justificada, pelos avanços da empresa e perspectivas. Na maioria dos dias contudo, o Sr. Mercado comporta-se como um bipolar, influenciado pelos sua ganância ou medo

Hoje está eufórico e lhe oferece 10.000 pela sua parte no negócio. Amanhã está com medo de perder dinheiro e acha que sua parte vale apenas 1.000.

Se você é um investidor ou empresário prudente, não vai deixar as avaliações do Sr. Mercado influenciar a sua visão de quanto vale a empresa. A menos que seu objetivo seja negociar ou concorde com ele. 

Pode-se aproveitar a situação e vender quando ele fizer um preço ridiculamente alto. Ou então comprar a parte dele quando fizer um preço muito baixo.

No resto do tempo, será mais inteligente ter suas próprias opiniões de quanto vale a empresa e não se deixar impressionar pela euforia/medo do Sr. Mercado.

Benjamin Graham, O Investidor Inteligente.

domingo, 8 de julho de 2012

Warren Buffett


A causa mais comum de preços baixos é pessimismo – algumas vezes generalizada, outras específicas com algum setor da economia. Nós queremos fazer negócios em um ambiente como esse, não porque gostamos pessimismo, mas porque nós gostamos dos preços que produz. É o otimismo de que é o inimigo do comprador racional.

Nada disso significa que uma empresa ou ação é uma compra inteligente simplesmente porque é impopular. Essa abordagem é tão tola como simplesmente seguir a multidão. O que é necessário é pensar, ao invés de fazer uma pesquisa de opinião. Infelizmente, a observação de Bertrand Russell sobre a vida em geral aplica-se com uma força incomum no mundo financeiro: "A maioria dos homens preferem morrer a pensar. Muitos o fazem".

Warren Buffett, 1990 Letter to Shareholders.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Gafisa X Alphaville vai pra Arbitragem

A disputa entre Gafisa e Alpahville foi para arbitragem.

A Gafisa quer emitir ações com valor à R$ 5,11 e o Alphaville quer que o valor seja R$ 3,70.

Caso Alphaville ganhe a disputa, seus donos irão tornar-se também donos da Gafisa.

O pedido da Alphaville é bem fantasioso e, no meu entendimento, não procede nenhum pouco.

Contudo, o grande erro aqui é da administração da Gafisa. A empresa tem R$ 900 milhões em caixa.
Pagando em dinheiro seriam apenas 300 milhões e nenhum acionista seria diluído.

Ao pagar em ações ela estará gerando um prejuízo gigantesco ao atuais acionistas, causando uma diluição por um preço vil.


Minha conclusão final sobre o assunto: a Gafisa, hoje, é uma empresa sem dono. Quem manda nela são os Diretores. E para os Diretores, pagar em dinheiro seria muito ruim.  


Como eles não têm ações da empresa, se houver diluição dos acionistas isso não mexerá nos seus bolsos. Podem emitir quantos milhões de ações quiserem.

O foco deles é no lucro. Eles só ganham bônus se o lucro aumentar. Seja esse lucro de R$ 0,01 por ação ou R$ 10,00 por ação. Por isso querem ficar com o dinheiro para tentar fazer mais negócios, novos prédios, novos empréstimos... 


Warren Buffet adora empresas que compram suas próprias ações. Isso é diluição inversa: concentração. Exemplo clássico: Coca-Cola.


Se hoje a Gafisa usasse seu caixa pra comprar ações dela mesma, os ganhos seriam absurdos aos acionistas. Ela estaria comprando algo que vale R$ 6,00 por R$ 2,50.


Mas daí não tem bônus pra Diretoria no final do ano...

terça-feira, 26 de junho de 2012

Como os Americanos passam seus dias



A revista Economist publicou hoje um gráfico mostrando como os Norte Americanos gastam seus dias.


Alguns dados interessantes:


- Homens trabalham mais que mulheres;
- Mulheres gastam mais tempo cuidando dos filhos, do marido e da casa;
- Quanto maior o nível de educação, menos TV e mais leitura.


domingo, 24 de junho de 2012

Hedging-Griffo compra 5,3% da Gafisa

Nos últimos meses a CSHG (Credit Suisse Hedging-Griffo) comprou o equivalente à 5,3% de participação no capital da Gafisa.


Que a Gafisa está à preço de banana na Bolsa já era sabido, mas com certeza a confiança dos investidores aumenta muito quando um gestor do porte do Luis Stuhlberger ratifica isso.

Espero que imponham uma melhora na gerência da Gafisa aumentando a governança e mostrando ao mercado o valor real da empresa.

Pra quem não conhece o Stuhlberger, ele é o Gestor de Fundos mais conceituado do Brasil. Segue um link com entrevista dele:
Entrevista Stuhlberger

terça-feira, 19 de junho de 2012

Ainda sobre Gafisa e Alphaville

Ontem em nota no Jornal Valor, a Gafisa informou que precisaria negociar com antigos donos da Alphaville para evitar uma Arbitragem.

Pergunto-me se há aí uma mensagem nas entrelinhas: "Não reclamem acionistas, ou poderemos ter que pagar ainda mais do que já combinado". 

Mas, independentemente, emitir ações no presente é péssimo para os acionistas da Gafisa. Nunca em toda história da empresa ela esteve tão desvalorizada em Bolsa. 

Seu preço em Bolsa chega a ser rídiculo, apenas 50% do Valor Patrimonial. Quem compra uma ação da Gafisa hoje está ganhando 50% de desconto para cada real gasto. É uma bela promoção, pague 1 leve 2. 

Isso acontece porque o mercado está com medo da Gafisa, não sabe exatamente o que pode acontecer. O mercado não é perfeito, muito pelo contrário. Sua principal característica é a Bipolaridade: oscila entre momentos de euforia ou depressão. 

Esse é o pior momento para emitir ações. A Gafisa não deve fazer isso para preservar valor à seus acionistas e mostrar que valoriza seus Shareholders. 

Emitir ações agora passa uma mensagen clara ao mercado: A empresa não vale nem mesmo seu Patrimônio Líquido, por isso aceitamos emitir ações abaixo deste valor.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

GAFISA está diluindo acionistas


A Gafisa está propondo pagar R$ 358 milhões à Alphaville em ações, o que por si só não é um problema. A grande questão é o VALUATION da ação, ou qual seria o valor de cada ação da Gafisa hoje. 

Em Valor Patrimonial, cada ação da Gafisa vale R$ 6,05. (patrimônio líquido divido pelo nº de ações)

Hoje ela está sendo negociada no mercado próximo de R$ 3,00, uma pechincha para os Investidores de Valor, como eu. Ótimo negócio, varias pessoas tem comprado diariamente essas ações.

Contudo, a Gafisa está oferecendo pagar aos antigos donos da Alphaville valorando as ações em apenas R$ 5,10, um desconto de 15% sobre o V.P. 

Isso causará uma diluição dos atuais acionistas, sobre um preço injusto. São 69 milhões de reais em desconto, tirados do bolso dos atuais acionistas e sendo entregues de bandeja aos antigos donos da Alphaville.


Apenas para exemplificar, se uma ação da Gafisa Vale hoje R$ 6,05 após o pagamento da Alphaville passarão a valer apenas R$ 5,93.


Os controladores da Gafisa já demonstrar sua incompetência na gestão financeira da empresa. Quase fizeram a empresa quebrar com dívidas excessivas e orçamentos mau feitos.


A melhor opção da empresa hoje seria não concluir essa compra do Alphaville. Fazer uma cisão com a Gafisa e abrir o capital da Alphaville, utilizando esse dinheiro para finalizar a compra.

Avalição da Alphaville


Gafisa pode ter terceira avaliação para Alphaville

Por Chiara Quintão e Natalia Viri | De São Paulo
A direção e o conselho de administração da Gafisa definem, nos próximos dias, se vão discutir com os sócios na Alphaville Urbanismo qual a quantidade de papéis da companhia mais adequada para o pagamento dos 20% restantes da empresa de loteamentos ou se contratarão uma terceira parte para fazer essa avaliação.
O valor a ser pago pela fatia remanescente é de R$ 358,985 milhões. A Gafisa informou que fará emissão de 70.251.551 de ações, o que significa preço por papel de R$ 5,1. Já no entendimento da Alphapar (ex-controladora de Alphaville), devem ser emitidas 97.055.876 de ações, a R$ 3,7.
Pelas contas da Moody's, após a conclusão da operação, a dívida ajustada total sobre a capitalização da Gafisa cairá de 62,5% para 59,7%. Os analistas da agência ressaltam, no entanto, que a empresa continuará como a segunda incorporadora mais alavancada da bolsa, atrás apenas da Viver.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Europa

Artigo da revista Economist aponta que as empresas européias estão sendo negociadas com grandes descontos.


No geral, as ações estariam gerando Dividend Yelds de 4% ao ano. Considerando que os juros na Alemanha estão pagando 0%, é um ótimo negócio. 



http://www.economist.com/node/21556299

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Charlie Munger

"All intelligent investing is value investing -- acquiring more that you are paying for. You must value the business in order to value the stock."

Charlie Munger

terça-feira, 5 de junho de 2012

Alphaville avaliado em R$ 1,85 bilhões pela Gafisa


A Alphaville tem sido vital para a Gafisa nos últimos trimestres, por apresentar as melhores margens e retornos, enquanto a empresa tem de rever para baixo os números de suas outras operações, especialmente em Tenda, voltada para a baixa renda.
Após a contratação de avaliações econômico-financeiras e cálculos de ajustes previstos no acordo de investimentos, a Gafisa informou que o valor máximo a ser pago pelos 20% restantes da empresa seria de R$ 368,7 milhões. A Gafisa avalia seu braço voltado à alta renda, portanto, em R$ 1,85 bilhão. 
A compra de Alphaville foi fechada em 2006. Primeiro, a Gafisa levou 60%. O contrato previa que em 2010, ficaria com mais 20% e, em 2012, com o restante. Há pouco mais de dois anos, em abril de 2010, a Gafisa pagou R$ 126,489 milhões por 20% da Alphaville. 
Ainda que isso fosse aprovado, os antigos donos de Alphaville se recusariam a receber ações da desvalorizada Gafisa. A menos que recebessem os papéis com desconto, o que implicaria em uma venda imediata na bolsa.
Uma opção em discussão é fazer uma cisão (spin off) de Alphaville e listá-la separadamente na bolsa. 
Vender Alphaville seria a opção mais dramática, avaliam alguns analistas. Apesar de, ao vendê-la por um valor acima de Gafisa, a empresa conseguiria recursos para diminuir problemas de outras operações, eliminaria a contribuição aquela que até o momento mantém os negócios da empresa em pé. 
Fonte: www.valor.com.br