IPO mal feito
A matéria do blog Estrategista desta sexta-feira está muito boa. Segue um trecho:
Toda companhia que decide abrir seu capital (IPO, em inglês) deve elaborar um prospecto contendo diversas informações como, por exemplo, de como os recursos levantados serão utilizados...
Após alguns anos podemos concluir que muitas falharam. Algumas fizeram investimentos que trouxeram baixo retorno o que acabou gerando perda de valor para a empresa. Caso exemplar foi o do setor imobiliário onde empresas como PDG (PDGR3) e Gafisa (GFSA3), por exemplo, lançaram projetos com rentabilidade baixa devido à pressão de custos como mão de obra e terrenos e à inadimplência dos clientes. Outras tiveram pior sorte, sucumbindo como Klabin Segal e Abyara.
Mas o mau uso do dinheiro não ocorre apenas quando maus investimentos são realizados. O não uso também é prejudicial às ações. O mercado não tolera a inércia. Um grupo de empresas deixou os recursos parados em seu caixa. O desempenho das ações também sofre quando o discurso empregado pela administração durante a oferta não é colocado em prática. Em setembro, o banco Santander anunciou a redução de seu capital em R$ 6 bilhões com a distribuição de dividendos extras a seus acionistas. Ora para que então houve a oferta das ações em 2009 se quatro anos depois o dinheiro retorna aos acionistas? Com a operação de emissão de novas ações, o Santander acabou com um nível de alavancagem baixa. Em outras palavras, a companhia fixou com capital ocioso. Como os executivos do banco não conseguiram rentabilizar satisfatoriamente os recursos captados decidiram retornar o dinheiro aos acionistas. Prova de que a oferta foi desnecessária. Novos acionistas podem se beneficar da redução do capital, mas os antigos pagaram pela ociosidade dos recursos.
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