O diretor da Credit Suisse Hedging-Griffo e gestor do Fundo Verde, Luis Stuhlberger, ressaltou que os problemas do Brasil não podem ser creditados apenas ao cenário internacional. "Certas fragilidades, quando vem uma crise, vêm à tona. Aí se descobre que o ciclo de melhora institucional desses países demora muito para acontecer, o que causa decepções tanto com 'earnings' (resultados) quanto com a própria política", disse em evento promovido pelo banco.
Para o gestor, a fragilidade de um grupo de economias que inclui Brasil, Índia, Indonésia, África do Sul e Turquia - "os cinco frágeis" - pode ser explicada pela falta de crescimento desses países, déficits fiscal e em conta corrente ruins e financiados por "dinheiro fácil" e juros baixos nos EUA, por uma credibilidade política em franca piora e por falta de agenda de reformas.
O Brasil passou por problemas importantes e, por isso, é treinado para lidar com a desordem, disse Nassim Nicholas Taleb, professor de origem libanesa da New York University. A notícia ruim, afirmou, é o que chamou de centralização das decisões no país. Mas, para ele, o Brasil não é tão frágil quanto os brasileiros o percebem. Segundo o autor do livro "Antifrágil: Coisas que obtêm ganhos da desordem", os países mais frágeis geralmente dependem de uma única fonte de recursos, como o petróleo, são bastante centralizados e contam com uma população muito otimista. Nesse sentido, a Arábia Saudita é hoje um dos mais frágeis do mundo, segundo Taleb.
Leia na íntegra no Valor
Nenhum comentário:
Postar um comentário