Das 500 maiores empresas dos EUA em 1940, apenas 74 existem até hoje.
Uma ideia interessante que é abordada no livro "O Cisne Negro":
Os países tem duas formas de tratar as grandes empresas:
- Os que deixam elas afundarem quando em dificuldade.
- Os que procuram salvar as grandes empresas quando em dificuldade.
Sé que essas atitudes geram um grande reflexo em todo o pais e economia.
Explico:
O capitalismo se baseia no que se chama de criatividade destrutitiva. Estamos sempre criando coisas novas, métodos mais rápidos e baratos de fazer as coisas, formas mais divertidas ou melhores. Essa criatividade é o que há de melhor no ser humano.
Contudo, sempre que se cria algo que rompe com o passado, isso vai destruí-lo. Exemplo: o computador acabou com as maquinas de datilografar, a câmera digital acabou com a maquina fotográfica, etc.
Isso faz com que empresas novas estejam sempre sendo criadas e as velhas indo a falência.
Das 500 maiores empresas dos EUA em 1950, apenas 74 existem ate hoje.
Mas nos países europeus e também no Brasil, permanece a ideia de que e preciso preservar as grandes empresas. O governo fornece empréstimo subsidiado para grande empresas (BNDES), quando isso deveria ser exclusivo para pequenas, e alem disso, volta e meia atua para salvar essas grandes empresas.
Já foram salvas: Varig, Banco do Brasil, todas as montadoras de automóveis, vários bancos, etc.
Fazendo isso os governos interrompem o processo criativo/destrutivo impossibilitando que novas empresas consigam ter seu lugar ao sol.
Então o problema em si não esta com as grandes, mas sim que essa atitude atrapalha o sucesso das novas, das pequenas.
Queria lembrar que Apple, Microsoft, Boticário, Benneton e tantas outras surgiram numa garagem ou fundo de quintal. E se tornaram grandes, muitas vezes destruindo seu competidores.
E o principal efeito que essas atitudes tem na sociedade como um todo, é que países que protegem e salvam as grandes empresas criam oligarquias do capital.
As famílias mais ricas permanecem sendo as mais ricas pra sempre. Toda vez que a empresa da qual é dona poderia quebrar ou ser desbancada por um concorrente menor, o governo faz algo para protege-la.
é por isso que na Europa e no Brasil vemos famílias que são as mais ricas do pais há 50, 100 ou 200 anos.
Enquanto nos EUA, as famílias mais ricas estão sempre mudando. Há 30 anos não estavam na lista da Forbes os Buffett, nem os Gates ou os Ellison.
Enquanto os Vanderbilts, Rockefeller e Morgan, não estão nem próximas de figurar entre 500 mais ricos do pais.
A essência do capitalismo (e da natureza também) é permitir que os grandes caiam para que novos e melhores tomem seu lugar.
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