Buffett explicou uma vez que existe um problema em comprar empresas que são apenas baratas:
O tempo para a ação se recuperar pode demorar tanto, que o retorno ficará perdido no tempo.
Exemplo: Ação vale R$ 2,00 mas está à venda por R$ 1,00.
Contudo a empresa é ruim e essa valorização demora 5 anos.
Ao invés de um retorno anualizado de 100%, tem-se um retorno anual de 15%.
Price is what you pay and value is what you get. --- Os comentários do blog não são recomendações de investimentos.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Munger
Se você sempre explicar pras pessoas o porque, elas entenderão melhor, vão considerar aquilo mais importante e estarão com mais tendência à realizar o que é necessário.
Charlie Munger
domingo, 20 de outubro de 2013
IPO mal feito
A matéria do blog Estrategista desta sexta-feira está muito boa. Segue um trecho:
Toda companhia que decide abrir seu capital (IPO, em inglês) deve elaborar um prospecto contendo diversas informações como, por exemplo, de como os recursos levantados serão utilizados...
Após alguns anos podemos concluir que muitas falharam. Algumas fizeram investimentos que trouxeram baixo retorno o que acabou gerando perda de valor para a empresa. Caso exemplar foi o do setor imobiliário onde empresas como PDG (PDGR3) e Gafisa (GFSA3), por exemplo, lançaram projetos com rentabilidade baixa devido à pressão de custos como mão de obra e terrenos e à inadimplência dos clientes. Outras tiveram pior sorte, sucumbindo como Klabin Segal e Abyara.
Mas o mau uso do dinheiro não ocorre apenas quando maus investimentos são realizados. O não uso também é prejudicial às ações. O mercado não tolera a inércia. Um grupo de empresas deixou os recursos parados em seu caixa. O desempenho das ações também sofre quando o discurso empregado pela administração durante a oferta não é colocado em prática. Em setembro, o banco Santander anunciou a redução de seu capital em R$ 6 bilhões com a distribuição de dividendos extras a seus acionistas. Ora para que então houve a oferta das ações em 2009 se quatro anos depois o dinheiro retorna aos acionistas? Com a operação de emissão de novas ações, o Santander acabou com um nível de alavancagem baixa. Em outras palavras, a companhia fixou com capital ocioso. Como os executivos do banco não conseguiram rentabilizar satisfatoriamente os recursos captados decidiram retornar o dinheiro aos acionistas. Prova de que a oferta foi desnecessária. Novos acionistas podem se beneficar da redução do capital, mas os antigos pagaram pela ociosidade dos recursos.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Herdeiros da Marisa Pegos em Insider Trading
Por US$ 5 milhões, irmãos fazem acordo sobre uso de informação privilegiada.
Rodrigo e Michel Terpins ganharam US$ 1,8 milhão com ações da empresa.
Os irmãos Rodrigo e Michel Terpins, herdeiros das Lojas Marisa, foram penalizados em quase US$ 5 milhões por se beneficiar de informação privilegiada antes do anúncio da venda da fabricante de ketchup Heinz para o bilionário Warren Buffett e o fundo 3G Capital, do brasileiro Jorge Paulo Lemann.
Os dois irmãos lucraram US$ 1,8 milhão com ações da Heinz, adquirida por US$ 23 bilhões em fevereiro.
Filhos de Denise Goldfarb Terpins --filha do fundador da Marisa, Bernardo Goldfarb--, os Terpins começaram a ser investigados no dia seguinte à compra da Heinz.
Na época, a SEC, órgão regulador do mercado acionário americano, entrou com uma ação para congelar os ativos de um fundo dos Terpins na Suiça
No acordo para encerrar o caso, oficializado ontem em uma corte federal de Nova York, a SEC diz que Rodrigo Terpins estava de férias na Disney, em Orlando, quando fez a ordem de compra das ações. A transação se baseou em informações confidenciais recebidas do irmão.
De acordo com o processo, por meio de uma conta nas Ilhas Cayman pertencente a uma empresa da família, a Alpine Swift, Rodrigo adquiriu quase US$ 90 mil em opções de ações da Heinz na véspera do anúncio. Após o anúncio, eles lucraram 2.000%.
Por meio da assessoria de comunicação, as Lojas Marisa informaram que só comentam assuntos relacionados à sua operação.
ACORDO
No acordo, os Terpins concordaram em devolver todo o lucro que tiveram com a operação e mais US$ 3 milhões em multas, mas não admitiram ou negaram as alegações. O acordo ainda precisa ser aprovado pela Justiça.
"Rodrigo e Michel Terpins obtiveram informação confidencial antes de qualquer conhecimento público de que a Heinz estava sendo negociada e eles exploraram isso para a desvantagem de todos os outros investidores do mercado", declarou em nota Sanjay Wadhwa, diretor de SEC em Nova York.
"Aqueles que usam contas estrangeiras para praticar atos de ´insider trading´ no mercado dos EUA devem saber que suas atividades podem ser rastreadas e que serão responsabilizados."
O momento, o tamanho e o lucro obtido nas transações dos Terpins, juntamente com uma falta de tradição em comprar ou vender ações da Heinz por parte da Alpine Swift, acenderam a luz amarela na SEC.
BURGER KING
Essa não foi a primeira aquisição do 3G em que há vazamento de informações. Dias antes do 3G comprar o Burger King, em setembro de 2010, por US$ 3,26 bilhões, o brasileiro Igor Cornelsen lucrou US$ 1,68 milhão comprando ações com base em informações privilegiadas.
Após ser investigado pela SEC, em novembro de 2012 Cornelsen pagou US$ 5,18 milhões para encerrar o caso.
domingo, 13 de outubro de 2013
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Mark Twain
O homem que não lê bons livros não tem nenhuma vantagem sobre aquele que não sabe ler.
Mark Twain
Mark Twain
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Glossário
Algumas pessoas me pediram para explicar os termos que aparecem no Blog.
Então aqui seguem questões básicas:
Valor Intrínseco = quanto um investimento vale, independente do seu preço;
Margem de Segurança = é o desconto que um investimento pode apresentar na comparação Valor Intrínseco/Preço. Se o valor for maior que o preço, existe margem de segurança.
Valor Patrimonial = dividindo o Patrimônio Líquido pelo nº de ações, tem-se o valor patrimonial por ação;
P/L ou Preço/lucro ou Price Earnings (P/E) = por quantas vezes o lucro o investimento está sendo vendido ou quantos anos demoraria para reaver o capital de determinado investimento;
P/VP = Preço da ação dividido pelo valor patrimonial. Menor que 1 significa que a ação está sendo vendida à menos do que o Patrimônio Líquido e maior que 1 significa que a ação está sendo vendida por mais do que o valor patrimonial.
NYSE = Bolsa de Nova York ou New York Stock Exchange;
S&P 500 = índice da NYSE, com as 500 maiores empresas;
Russel 1000 = índice da NYSE com as 1000 menores empresas;
Dividend Yield = quanto o dividendo pago pela empresa traz de retorno sobre o preço da ação;
FED = Banco Central dos EUA;
BC = Banco Central do Brasil;
Valor Presente Líquido ou VPL = quando calcula-se quanto algo vai render no futuro e traz-se isso à um valor presente à uma determinada taxa de desconto;
Ex: Durante 10 anos vou receber 100.000 por ano. Considerando que eu possa investir esse capital à 10% ao ano, o Valor Presente deste fluxo de caixa é R$ 614.456.
Ano 0 = 100.000 = Valor Presente é 100.000 porque é o ano zero, não desconta 10%
Ano 1 = 100.000 = Valor Presente à 10% ao ano é 90.909
Ano 2 = 100.000 = Valor Presente à 10% ao ano é 82.644
Ano 3 = 100.000 = Valor Presente à 10% ao ano é 75.131
Indo até o 10º fluxo (ou 9º ano no caso) tem-se que o valor presente de todo o negócio é R$ 614.456.
Outra forma de pensar isso é assim: se hoje eu tenho R$ 90.909 e aplicar esse valor por 1 ano à 10% ao ano, no final desse período terei os 100.000.
Fluxo de Caixa Descontado = é o fluxo de caixa livre que a empresa terá trazido à valor presente. No caso do exemplo acima, é R$ 614.456 considerando uma taxa de desconto de 10% ao ano.
Então aqui seguem questões básicas:
Valor Intrínseco = quanto um investimento vale, independente do seu preço;
Margem de Segurança = é o desconto que um investimento pode apresentar na comparação Valor Intrínseco/Preço. Se o valor for maior que o preço, existe margem de segurança.
Valor Patrimonial = dividindo o Patrimônio Líquido pelo nº de ações, tem-se o valor patrimonial por ação;
P/L ou Preço/lucro ou Price Earnings (P/E) = por quantas vezes o lucro o investimento está sendo vendido ou quantos anos demoraria para reaver o capital de determinado investimento;
P/VP = Preço da ação dividido pelo valor patrimonial. Menor que 1 significa que a ação está sendo vendida à menos do que o Patrimônio Líquido e maior que 1 significa que a ação está sendo vendida por mais do que o valor patrimonial.
NYSE = Bolsa de Nova York ou New York Stock Exchange;
S&P 500 = índice da NYSE, com as 500 maiores empresas;
Russel 1000 = índice da NYSE com as 1000 menores empresas;
Dividend Yield = quanto o dividendo pago pela empresa traz de retorno sobre o preço da ação;
FED = Banco Central dos EUA;
BC = Banco Central do Brasil;
Valor Presente Líquido ou VPL = quando calcula-se quanto algo vai render no futuro e traz-se isso à um valor presente à uma determinada taxa de desconto;
Ex: Durante 10 anos vou receber 100.000 por ano. Considerando que eu possa investir esse capital à 10% ao ano, o Valor Presente deste fluxo de caixa é R$ 614.456.
Ano 0 = 100.000 = Valor Presente é 100.000 porque é o ano zero, não desconta 10%
Ano 1 = 100.000 = Valor Presente à 10% ao ano é 90.909
Ano 2 = 100.000 = Valor Presente à 10% ao ano é 82.644
Ano 3 = 100.000 = Valor Presente à 10% ao ano é 75.131
Indo até o 10º fluxo (ou 9º ano no caso) tem-se que o valor presente de todo o negócio é R$ 614.456.
Outra forma de pensar isso é assim: se hoje eu tenho R$ 90.909 e aplicar esse valor por 1 ano à 10% ao ano, no final desse período terei os 100.000.
Fluxo de Caixa Descontado = é o fluxo de caixa livre que a empresa terá trazido à valor presente. No caso do exemplo acima, é R$ 614.456 considerando uma taxa de desconto de 10% ao ano.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
FED, por Tolles
E nem irá virar.
Na minha avaliação (não que eu seja um perito em política monetária ou coisa assim), o FED só irá começar a aumentar os juros no próximo ano. Isso porque o mandato do Bernanke acaba no final deste ano e ele não quer a reeleição.
É parte da política do FED deixar pro próximo presidente o aumento dos juros. Assim o novo presidente vem com fama de cowboy, aquele cara que faz o que é preciso. No caso, aumentar os juros.
Foi assim quando Alan Greenspan deixou o FED também. Os juros precisavam subir, mas esperou-se mudar o presidente, assim quando o Bernanke entrou ele ficou com fama de "durão".
Só pra comparação, foi exatamente o que causou um mal estar aqui com Trombini no Banco Central. Ele não aumentou os juros na hora que era preciso, então todo o mercado passou a falar que quem mandava no BC era a dupla Dilmantega e não o Trombini. Em momentos de stress ele precisará correr atrás da credibilidade perdida.
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Porque tudo é caro no Brasil
A revista Economista dedicou uma reportagem a questão de porque tudo no Brasil custa tão caro.
Segue abaixo:
Why is Brazil so expensive?
TRAVELLERS have long known that the richer a country, the more likely a visit is to burn a hole in their wallets. A recent survey by Tripadvisor, a travel website, put Oslo, the capital of super-rich Norway, as the world’s priciest destination, with a one-night stay in a four-star hotel with dinner and drinks for two costing more than $600. But near the top of the sticker-shock rankings is a surprise entry: upper-middle-income Brazil. Hotels in São Paulo, the business capital, or beachside Rio de Janeiro, cost more than in London or Zurich. Visitors who go window-shopping will find the high prices hit locals too. Clothes, cosmetics, electronics and cars are all more expensive, sometimes much more, than in most other places. The Economist’s Big Mac Index finds Brazilian burgers are dearer than everywhere else except in three much richer countries, (Norway, Sweden, Switzerland) and one dysfunctional one (Venezuela). So why is Brazil so pricey?
A special report in this week’s issue explores the question in more detail. A big part of the answer is currency appreciation, caused by economic stabilisation in the 1990s and a huge increase in commodity exports since then. A decade ago a dollar bought 3.5 reais; it now buys less than 2.3 reais—which understates the scale of the change, since Brazil’s inflation was much higher, so reais should have become cheaper, not more expensive. For Brazilians, though, currency appreciation has actually made life cheaper by cutting the price of imports. They point to the fabled custo Brasil (Brazil cost), as the country’s value-for-money problem has long been known. IMF figures show that in most poor and middle-income countries, money goes further than market rates would suggest because wages are lower and non-tradable goods are cheaper. A Mexican’s spending power, for example, is 45% higher at home than if he bought dollars and shopped across the border. But a Brazilian can buy little more at home than he can in the United States.
The custo Brasil has many ingredients, including high taxes (36% of GDP, way out of line with the 21% average for upper-middle-income countries), swingeing import duties and rigid labour laws that make it hard to use workers efficiently. Poor roads and a limited rail network push up freight costs. High interest rates mean firms must spend a packet on financing; high crime adds heavy security costs to their overheads. A terrible education system makes Brazil the world’s second-hardest place for firms to find the skills they need, according to Manpower Group, behind only ageing Japan. Soaring labour costs, which have doubled in a decade as big hikes to the minimum wage set the tone for pay negotiations across the board, have added a new ingredient to the old recipe.
Big price differences mean imports are increasingly taking market share from locals and even Brazilians of relatively modest means have taken to stocking up on foreign shopping-trips. A recent weakening of the currency will give local manufacturers some breathing space, but in the long term the only solution is to become more efficient. The World Bank’s annual report on doing business in a range of countries reads like a productivity to-do list for Brazil: make it simpler to start up and wind up companies; cut and streamline taxes; increase domestic savings and investment. A recent study by the Boston Consulting Group estimated that three-quarters of Brazil’s growth in the past decade came from adding more workers and only a quarter from productivity gains. With few more workers to add, the only way Brazil can start to grow once more is by using the ones it has much better—and becoming cheaper again.
Assinar:
Postagens (Atom)