quinta-feira, 29 de maio de 2014

Congresso de Value Investing

Na semana passada aconteceu o 7º Congresso de Value Investing de São Paulo.

Alguns gestores deram algumas sugestões de investimento.

O Geraldo Samor, da Veja, fez uma tabela boa explicando um pouco as apostas:





















































































via Veja Mercados


sexta-feira, 9 de maio de 2014

Alta Liquidez = Desempenho Ruim ?


Quer retornos altos? Não busque liquidez se você não precisa dela.

por Norman Rothery.

Segundo um estudo do professor de Yale, Roger Ibbotson, as ações com maior liquidez costumam ter pior desempenho.

O estudo focou em analisar quão fácil seria comprar ou vender 10% das ações em circulação da empresa, buscando dessa forma medir a liquidez.

Foram analisadas 3.500 empresas dos EUA, de 1972 à 2011. Durante esse período, o grupo todo teve um retorno anualizado de 12.2%, com volatilidade de 22%.

Para analisar a função da liquidez, ele dividiu essas 3.500 empresas em 4 grupos, dos mais líquidos aos menos líquidos.

O grupo mais líquido, teve um retorno de somente 7,2% ao ano, com volatilidade de 28,5%.

Já o grupo menos líquido, teve retorno de 14,5% ao ano, com volatilidade mais baixa também, apenas 20%.

Liquidez custa caro. Investidores que não precisam de liquidez não deveria pagar por isso.

Isso não quer dizer que deve-se investir numa empresa só porque ela não tem liquidez. Mas pequenos investidores podem se beneficiar do mercado evitando ações muito líquidas.



quarta-feira, 7 de maio de 2014

Emergentes x Desenvolvidos

Onde é melhor investir, nos países emergentes ou nos desenvolvidos?

O gráfico abaixo mostra o retorno de cada um desses grupos, pelos últimos 110 anos.

Resultado de 1900 à 1950:
  • Desenvolvidos 4,82% ao ano
  • Emergentes 1,98% ao ano 


Resultado de 1951 à 2013: 
  • Desenvolvidos 11% ao ano
  • Emergentes 12,5% ao ano 


































terça-feira, 6 de maio de 2014

Charlie Munger

Mais alguns pensamentos de Charlie Munger, o bilionário sócio de Buffett.


Aposte pesado quando as chances estiverem a seu favor e tiver certeza que algo está com o preço errado. Os bilhões da Berkshire são provenientes de apenas 10 negócios.

Se você fosse um observador, você veria que o que Warren fazia era ficar sentado e ler. Se você quiser ser muito bom nisso, fique sentado lendo a maior parte da vida. Não existe substituto para ler e pensar.

Mozart é um bom exemplo de uma vida arruinada por loucura. Sua realização não é menor por causa disso - ele pode ter sido o melhor talento musical inato do mundo - mas a partir do começo, sua vida foi muito infeliz. Ele gastava mais do que ganhava - algo que sempre fará sua vida miserável. Ele era consumido por inveja e ciúmes de outras pessoas que foram tratados melhor do que ele achava que mereciam, e ele estava cheio de auto-piedade. Nada poderia ser mais estúpido. Mesmo que seu filho esteja morrendo de câncer, nunca sinta auto-piedade. Em geral, é totalmente improdutivo para ficar com a ideia de que o mundo é injusto. O Imperador romano Marco Aurélio tinha a noção de que cada trecho difícil foi uma oportunidade - para aprender, para mostrar masculinidade, o que quer que seja. Para ele, passar por períodos difíceis era tão natural como respirar.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Warren Buffett - Encontro de Acionistas 2014

Esse sábado ocorreu em Omaha o Encontro Anual de Acionistas da Berkshire Hathaway, a empresa de Warren Buffett e Charlie Munger.

Em 1962 Buffett investiu pouco mais de US$ 1 milhão para comprar ações da Berkshire que hoje valem US$ 58 bilhões. Um retorno impressionante de 23% ao ano durante 52 anos.

O encontro é considerado o Woodstock do Capitalismo, reunindo mais de 38.000 pessoas. Os dois empresários respondem perguntas por várias horas, sobre assuntos variados.

Seguem algumas das respostas:


Buffett:
  • Nós sempre pensamos que nosso custo de capital é representado pelo retorno que podemos conseguir com a nossa segunda melhor idéia. 
  • Para ficar mais inteligente, leia 500 páginas por dia. O conhecimento vai acumulando, igual aos juros compostos. Todos podem fazer isso ... mas garanto que muito poucos farão.

Munger:
  • A melhor forma de conseguir uma boa esposa é merecer uma.
  • Evite sempre coisas que pagam comissões muito altas ao vendedor. 
  • O que determina o comportamento das pessoas são os incentivos aos quais estão sujeitos. 


Veja uma foto do evento: 


Infelizmente não pude ir, mas existe muito material sobre o encontro na internet. Algumas questões aqui: Dealbooks - #BRK2014


domingo, 4 de maio de 2014

Ofertas de Ações

Se a empresa emite ações frequentemente, o mais provável é que ela esteja numa pirâmide financeira.
Warren Buffet - Encontro de acionistas da Berkshire de 2014


sexta-feira, 2 de maio de 2014

A Bolsa e o Longo Prazo

É comum ouvirmos que a Bolsa deve ser vista como um investimento de longo prazo.

Existem vários estudos que mostram que, se o horizonte de prazo é longo, a bolsa é o melhor investimento.

Alguns dados mostram que nos últimos 100 anos, o índice S&P da 500 maiores empresas americanas aumentou 9% ao ano, sem contar dividendos. Considerando que os juros médios do período foram de 5% anuais, é uma grande vantagem.

Aqui no Brasil a bolsa não tem tanto tempo e nem um histórico tão confiável, principalmente porque passamos por hiper inflação, moratórias e diversas moedas nas últimas décadas.

Mesmo assim, o Ibovespa subiu de 2.979 em jan/1995 pontos para 51.082 em maio/2014, um retorno anualizado de 16%, sem contar dividendos.



No gráfico abaixo, que mostra o Ibovespa em dólar desde maio/2004, vemos que, apesar da crise de 2008 e dos desastres da dupla Dilmantega, o investimento teria rendido 13% anualizados para um investidor estrangeiro. Um manjar dos deuses, comparados aos juros dos EUA (2-3% a.a.)



Então sim, a bolsa é um ótimo investimento à longo prazo. E ainda melhor à longuíssimo prazo.


Mas antes de terminar, vou mostrar que no mundo não existem respostas fáceis:

- No mesmo período de 1995-2014, em que o Ibovespa rendeu 16% ao ano, uma aplicação remunerada pela Selic rendeu incríveis 18,5% a.a. 

Isso não tende a se repetir, mas explica porque o número de investidores na bolsa brasileira não cresce.