quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

As mais baratas da Bolsa

Uma das estratégias recomendadas para pessoas que não tem muito conhecimento para operar na Bolsa, é comprar as empresas mais baratas medidas pelos índices Preço/Lucro e Valor/Ebitda.

Alguns estrategistas recomendam comprar partes iguais das 20 empresas mais baratas, ou 5% do patrimônio em cada uma delas. Após fazer isso, deixar as ações paradas e só repetir o processo após os 12 meses, vendendo as que tinha e comprando novamente as 20 mais baratas.

Seguem as ações que hoje se enquadram nessas categorias:

Os 10 Menores Preço/Lucro:

  1. Gafisa - 0,9x
  2. JHSF - 3,0x
  3. Haga  - 3,1x
  4. Tecnisa - 3,6x
  5. Positivo - 3,8x
  6. Even - 4,5x
  7. Rodobens - 4,5x
  8. MRV - 4,8x
  9. Helbor - 5,1x
  10. Fertilizantes Hering - 5,3x
Os 10 Menores EV/Ebitda:
  1. Excelsior - 3,05x
  2. Bombril - 3,27x
  3. Estrela - 3,54x
  4. Vale - 3,95x
  5. HRT - 4,22x
  6. Fertilizantes Hering - 5,25x
  7. Randon - 6,89x
  8. Saraiva - 6,74x
  9. Helbor - 6,77x
  10. Rodobens - 6,89x

As Construtoras estão sendo tratadas como lixo tóxico. Acho que o mercado está exagerando, mesmo que as elas ainda tenham 1 ou 2 anos difíceis pela frente.

Algumas adaptações: tirei empresas com valor de mercado irrisório (>100 milhões) e as que não tem liquidez nenhuma.


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Bolsa e Dólar

Se você perdeu a escalada do Dólar, não fique tão triste.

Lógico que ele pode subir mais, ninguém sabe até onde vai. Contudo, a nossa Bolsa está muito mais barata que a dos EUA.

Enquanto o Preço/Lucro lá está em 26x, aqui está em 10x (isso antes dessa queda de dezembro).



Muitos estão comparando essa crise com a de 1998, quando ocorreu a fuga dos emergentes.

Apenas um dado tal crise:

- Em 1998 a Bolsa da Rússia chegou a cair 90% da máxima atingida;
- Em 1999 ela subiu 150%.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

SELIC: nada supera essa marca


Atualizando a tabela dos melhores investimentos desde a crise de 2008.

  • Selic segue como Rei, superando Bovespa e S&P 500, com volatilidade próxima a zero. Enquanto nosso país (governo + população) tiver taxa de poupança negativa, não há o que faça os juros baixarem.
  • Nossa Bolsa de Valores ainda não recuperou os valores pré-crise de 2008. Também não parece que vai tão cedo.
  • Não é por nada que o número de investidores na Bolsa só diminui.























segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Dinastia Davis


Será uma piada dos deuses que o ativo mais popular de uma Era irá empobrecer aqueles que o possuem?
 A cada 20 ou 50 anos, o melhor investimento do dia atinge o topo e começa um longo declínio. E o ativo que tinha o pior retorno atinge o fundo e começa uma longa subida.
Esses pontos de reversão deixam um pequeno grupo de não-conformistas muito ricos e empobrece a grande maioria, que continua a colocar seus recursos no vencedor de ontem.


The Davis Dynasty: Fifty Years of Successful Investing on Wall Street



quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Nossa Tese de Investimento


Achei esse texto tão interessante que resolvi traduzir. Segue:

Research Affiliates - Chris Brightman, Jonathan Treussard, Jim Masturzo.


Nossa Tese de Investimento


Imitar o rebanho faz tudo retornar à média — Charlie Munger

Antes de descrever cada uma das nossas teses centrais, vamos começar como o nosso princípio central de investimentos:

A maior e mais persistente oportunidade de investimentos é que, no longo prazo, tudo retorna à média.

De forma simples, comprar ativos que estejam depreciados (e consequentemente rendendo altos dividendos) e ter a convicção de segurar esses ativos/posições, mesmo que por períodos extensos, permite aos investidores obter retornos mais elevados correndo menos risco. O lado ruim é o custo emocional elevado. Esse princípio central é a conclusão das nossas três teses abaixo.

1. As preferências dos investidores vão além de risco e retorno.

A psique humana é rica e complexa e muito difícil de ser capturada num livro de finanças. Sim, os investidores podem medir a proporção risco/retorno. Contudo, nossa experiência mostra que os investidores são afetados pelo desejo de acompanharem o rebanho e o medo de ser considerado um pária. As pessoas também sentem orgulho de possuir ações de empresas bem sucedidas e evitam aquelas que recebem mídia negativa. Nós achamos isso natural ao ser humano, e nossa experiência tem mostrado que esse é o comportamento padrão. Os novos estudos sobre comportamento humano também mostrado que essa é a realidade.

2. Os preços variam ao redor do valor justo.

"No curto prazo o mercado é uma máquina de popularidade, mas no longo prazo é uma balança." - Benjamin Graham

Devido à complexidade e variação das preferências dos investidores, os ativos não tem sempre preços justos. Ao invés disso, os preços podem ficar irracionais por muito tempo. Por dizemos que existe ruído nos preços. Mas nós podemos observar que ruídos levaram os preços dos ativos para onde estão, tornando mais fácil visualizar quais ativos estão caros ou baratos a cada tempo. Ao longo do tempo, esperamos que os ativos voltem à sua média, próximos ao seu valor intrínseco, mesmo com novos ruídos sendo incluídos. Esse retorno à média é o que inclina a balança à favor de comprar na baixa e vender na alta, ou ao menos a vender no preço!

Que suporte podemos dar para essa tese? E qual a magnitude em termos de performance. Na figura abaixo, nós reproduzimos a análise de De Bondt and Thaler’s (1985) sobre retorno futuro de perdedores e vencedores recente, no mercado de ações.

Esse é um dos testes mais diretos sobre ruído e retorno à média. Também mostra resultados expressivos. Escolhendo ações pelo retorno nos últimos 3 anos (e definindo as ganhadores e perdedoras), vemos que na média, o portfólio que compra as perdedoras supera o das vencedoras em quase 25% num período de três anos. Performances deste tamanho não são centavos na frente do caminhão ou apenas notas de 20 na calçada. São retornos consideráveis.


Então com tanta vantagem à mostra e tantas pessoas dedicadas à tentar obter retorno nos mercados financeiros, como podemos acreditar que nós vamos chegar nos melhores ativos antes dos grandes gestores de recursos?

3. Falta de convicção (e/ou regras de legais e de governança) restringe investidores de explorar as situações que geram retornos de longo-prazo.

"... é o investidor de longo prazo, aquele que mais promove o interesse público, que na prática será o mais criticado... Pois a essência do seu comportamento é a de ser excêntrico, não-convencional e imprudente aos olhos da opinião média. Se ele for bem sucedido, isso apenas irá confirmar a opinião quanto sua imprudência; e se tiver prejuízos no curto prazo, ele não receberá misericórdia. A sabedoria mundana diz que é falhar convencionalmente é melhor para a reputação do que ganhar não-convencionalmente" - J.M. Keynes

Pense um pouco sobre essa citação de Keynes e então pergunte a si mesmo: Quando a situação for crítica, quais ativos serão escolhidos por indivíduos, bancos e comitês, ainda mais se suas estratégias diverem desapontado nos últimos anos? Que comitê ou consultor vai arriscar ser visto como não-convencional, imprudente ou excêntrico após ter sofrido alguns anos ruins?

É nossa crença que a falta de convicção dos indivíduos, e como isso se reflete nas instituições controladas por indivíduos, inibe a chance de tirar vantagem dos preços baixos que tem perspectiva de se recuperarem no longo prazo. São essas oportunidades que queremos explorar.

Essas teses nos levam de volta ao princípio inicial: A maior e mais persistente oportunidade de investimento é que, no longo prazo, tudo retorna à média.

“Quem vive de esperança morre em jejum. Não existe ganhos sem sofrimentos.” — Benjamin Franklin

Por isso determinação é tão importante quanto habilidade ou visão. Determinação é crucial na nossa capacidade de obter retornos acima da média ao longo do tempo, através da compra de ativos com preços baixos/alto rendimento e venda de ativos com preços altos/baixo rendimento. Esta decisão permite-nos manter nosso curso e até mesmo rebalancear, aumentando nossa parcela em ativos que continuam a cair de preço. Como se pode imaginar, seria difícil nos amarrar ao mastro sem dispositivos analíticos para suportar nossas crenças de investimento, especialmente um mapa do que o futuro reserva para o cenário de investimentos. Para nós, parte do roteiro é a expectativa de retorno de longo prazo dos mercados e ativos. Estamos disponibilizando isso no nosso website de Alocação de Ativos.

Não é surpresa também que essas expectativas são criadas por nós para informar nosso comportamento dentro de nossas idéias de investimentos, representando nossas previsões para o futuro. Não achamos que o retorno dos mercados nos próximos 10 anos será exatamente aquele que previmos. Ao contrário, não achamos que esse será o caso. Contudo o que estamos prevendo é aquilo que encaramos como mais provável de acontecer. Armados com convicção e alguns dados, acreditamos na nossa habilidade de ajudar os investidores à conseguir a melhor relação risco-retorno no tempo.




quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Máximas

Se você tomar cuidado com os perdedores, os ganhadores vão tomar conta de si mesmos.
Howard Marks



Sempre que houver risco, é na probabilidade de perda que você deve se concentrar antes.
Jim Paul



Quem não tem passado, não tem futuro.
Provérbio Árabe


Dinheiro e Riqueza

O site BrainPickings fez comentários sobre o livro de Paul Graham, "Hackers & Painters", que fala sobre riqueza. Abaixo algumas citações do livro e opiniões do site.

Riqueza não é a mesma coisa que dinheiro. Riqueza sempre existiu na história humana. Dinheiro é uma invenção relativamente nova.
Riqueza é o que você quer, não o dinheiro. Mas então porque todos falam que desejam ter mais dinheiro? Porque o dinheiro é aquilo com o que se troca riqueza, um meio de tornar as coisas intercambiáveis.
Dinheiro deriva da especialização. Para podermos trocar batatas por um serviço de marceneiro, ou quantos cavalos valem uma uma casa.
A função de uma empresa não é ganhar dinheiro, mas gerar riqueza. Produzindo algo que os outros desejam.
Um número grande de pessoas mantém o pensamento da infância de que existe uma quantia determinada de riqueza no mundo. Como se  a riqueza fosse uma torta que não se pode aumentar.
O que leva as pessoas à pensar isso é o dinheiro, porque em vários momentos ou aspectos (numa família, numa conta, numa empresa) o dinheiro é limitado. Mas a riqueza é ilimitada. Você sempre pode criar mais riqueza. Na verdade, desde o início dos tempos, riqueza é constantemente criada e destruída.

Um escritor criar riqueza colocando idéias no papel, está criando riqueza do nada. O Google e Facebook também, pois de uma idéia surgiram os negócios mais valiosos da atualidade.


Riqueza pode ser criada do nada. Também pode ser criada sem ser vendida. Pense nos cientista que trabalham e não ganham nada. Várias das maiores invenções que criamos geraram riqueza para a humanidade ser ter gerado dinheiro. A penicilina nos tornou mais ricos, porque salva vidas. 

Riqueza é o que vem tornando a vida dos seres humanos melhores à cada década. A 100 anos atrás a chance de morremos antes dos 50 era altíssima. Isso acontecia simplesmente porque não tínhamos antibióticos. A medicina nos fez mais ricos como espécie.

A energia elétrica, o motor à vapor, invenções que surgiram da inventidade humana e nos tornaram mais ricos. Ao contrário do pensamento comum, a torta cresce. E muito.






terça-feira, 21 de outubro de 2014

Risco Revisto - Howard Marks

Observações sobre o último memorando de Howard Marks: Risk Revisited.

Prefiro não debater risco com pessoas que têm certeza de possuir a resposta, mas que não apostam dinheiro nisso.

 "É melhor estar vagamente certo do que exatamente errado." Carveth Read

Probabilidades são coisas possíveis de acontecer e não certezas.

Risco significa que mais coisas podem acontecer do que vão acontecer. Ou posto de outra forma, "várias coisas podem acontecer, somente uma acontecerá."

Investimentos que parecem arriscados precisam parecer capazes de gerar retornos mais elevados, senão as pessoas não investem neles. E o grande detalhe desta frase é a palavra parecer.

Os investidores tem 2 grandes riscos: o risco de perder dinheiro e o risco de perder oportunidades. É possível eliminar um deles, mas não os dois ao mesmo tempo. E inclinar-se demais em direção à um pode deixá-lo vítima do outro.

No curto prazo pode ser muito difícil entender a diferença entre uma queda momentânea no preço e uma perda permanente.

A idéia de que algo não possui risco é uma das coisas mais arriscadas do mundo.

O maior risco é pagar demais por um ativo, e a melhor forma de reduzir risco é pagando um preço que seja irracionalmente baixo. Preço baixo gera margem de segurança e é isso que significa investir com controle de risco.

Confiança de que possuem os riscos sob controle faz com que os investidores façam apostas extremamente arriscadas.



via Risk Revisited


domingo, 19 de outubro de 2014

Warren Buffett Sobre Estratégias de Investimentos

Transcrevendo uma parte do vídeo, começando em 31:45
Eu amo quando eu compro uma ação e ela cai. Assim poderei comprar mais da mesma ação por um valor mais baixo. Você não fica feliz se o preço das coisas no supermercado fica mais baixo?

As pessoas costumam pensar: eu paguei 10 pela ação e ela caiu pra 5, então se ela voltar pra 10 eu vou vendê-la. Mas a ação não sabe que você tem ela e nem se importa com isso.
A única coisa com a qual as pessoas deveriam estar preocupadas é: eu consigo ganhar mais pelo meu dinheiro em outro negócio ou ação? 
Existem mais de 1.000 empresas na qual você pode investir. Então sempre pode mudar se tiver algo melhor.
O preço da ação não quer dizer nada. O que importa é quanto a empresa vai render no futuro comparada com o preço pelo qual está sendo vendida agora.
E fazer essa avaliação comparando outras empresas que você também compreenda e consiga avaliar.




quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Diário da Depressão - parte 2


Mais sobre o Diário de Benjamin Roth, escrito durante a depressão americana de 1929:

Junho, 1931: Olhando para trás o período de 1922-29 parece irreal e quase inacreditável. Com o fim da 1ª Guerra as pessoas queriam festejar e gastar. Os vestidos das mulheres começaram a ficar mais curtos. A moralidade foi deixada de lado e a festa reinava. Para uma pessoa mais velha, devia ser óbvio que nós estávamos indo em direção para um crash. Mas a maioria das pessoas acreditava que havia chegado uma nova era, onde a festa nunca teria fim.

Julho, 1931: As revistas e jornais estão cheias de artigos dizendo às pessoas para comprar ações, imóveis e outros ativos à preços de barganha. Eles dizem que as coisas vão melhorar e grandes fortunas foram construídas dessa forma. O problema é que ninguém tem dinheiro...


Março, 1933: Em 1931 disse que as coisas não poderiam ficar pior. Esse foi um palpite ruim, em 1932 as coisas ficaram piores.


Junho, 1933: Tenho medo de que a oportunidade para comprar ações com 90% de desconto tenha passado e até o momento não tive como aproveitar isso.


Agosto, 1936: A depressão deixou uma marca muito forte na minha mente, o valor de ter dinheiro suficiente para cobrir as emergências. Minha experiência como advogado mostrou que a maioria das falências são causadas pela falta de caixa e não pela falta de conhecimento técnico ou de negócios.


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Pensamentos Antifrágil


Quanto mais tempo demorar para o mercado ter uma baixa, maior o estrago. Pessoas desacostumadas a perder dinheiro entram em desespero.


Os charlatões nos dizem o que fazer, mas os sobreviventes nos dizem o que evitar.


Os idiotas querem estar certos. Os não-idiotas querem lucrar.


Não se deixe iludir pelo dinheiro, são apenas números. Ter domínio sobre si mesmo é um estado de espírito.


todos do livro Antifragil: Coisas Que Se Beneficiam Com O Caos (Em Portugues do Brasil)



Inteligência ou Disciplina

De uma palestra de Buffett em 2011:



Não existe jogo mais fácil do que ações. Você precisa ter certeza de não jogar com muita frequência.
Você precisa da disciplina de dizer não.


Ajit Jain: A disciplina de dizer não, se você tiver isso e não deixar as pessoas te pressionarem a dizer sim. Se você tem isso, já ganhou 50% da batalha.

via What makes Warren Buffett a great investor



segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Agressivo - Schloss

Ser muito agressivo - comprar muitas ações no começo - pode ser um problema, porque se a ação cair muito depois, você precisará de muito capital para fazer um preço médio bom.
As vezes nós comprávamos tanto inicialmente, que depois não conseguíamos aproveitar se a ação caísse muito mais sem correr o risco de superconcentração.

Edwin Schloss
(filho e sócio de Walter Schloss)


via Joe Koster

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O Fundamentos de Buffett

Os Fundamentos que Warren Buffett procura ao investir numa empresa:


Fundamentos de Negócios

  • O negócio é simples e compreensível?
  • O negócio tem um longo histórico de lucros?
  • O negócio tem boa perspectiva de longo prazo?

Fundamentos dos Administradores 

  • Os diretores são racionais?
  • Os diretores são honestos com seus acionistas?
  • Os diretores resistem ao imperativo institucional? (esse é o item mais complexo)

Fundamentos Financeiros

  • O que importa é retorno sobre patrimônio líquido, e não lucro por ação.
  • Calcule os "lucros do proprietário".
  • Procure companhias com altas margens de lucro.
  • Para cada dólar que a empresa reinveste, ela gera um dólar de valor?

Fundamentos do Mercado

  • Qual é o valor do negócio?
  • Posso comprar esse negócio com desconto sobre seu real valor?

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Formas de Avaliar uma Ação

Existem muitos múltiplos que podem ser utilizados para ver se uma empresa está cara ou barata. 
Abaixo alguns comentários sobre os mais utilizados.


  1. Preço/Vendas: útil para companhias que estão temporariamente tendo prejuízos ou estão com margens menores do que o usual. Se a companhia tem condições de aumentar a margem e está com um baixo valor Price/Sales, você pode ter encontrado uma pechincha.
  2. Preço/Valor Contábil: é muito útil para empresas de serviços financeiros ou outras que tenham ativos muito líquidos. Nessas empresas, o valor contábil reflete o valor do negócio. Cuidado com Price/Book muito baixos, pois isso pode mostrar que a contabilidade tem erros. 
  3. Preço/Lucro: cuidado com qual o Lucro que se está usando para esse múltiplo. Muitos analistas fazem o preço/lucro pensando no lucro projetado da empresa. A melhor forma é chegar na sua própria estimativa de lucro, considerando como a empresa vai nos tempos bons e nos  tempos maus.
  4. Preço/Fluxo de Caixa: esse múltiplo é bom para empresas que geram muito caixa comparativamente com os lucros. Em empresas que tem ativos depreciados que não geram lucro, pode ser um bom sinal.
  5. Dividendo/Preço ou Dividend Yield: pode ser uma boa forma de achar uma empresa que gere rendimentos no estilo de títulos. É importante saber que o fato dela ter pago dividendos até o momento não garante que continuará assim. 

Via The Little Book That Builds Wealth: The Knockout Formula for Finding Great Investments


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Pino do Relógio

Roberto Vinhaes, da IP Capital Partners, deu uma entrevista pro Valor Econômico. Abaixo as partes que achei mais interessantes:


Vinhaes costuma citar uma história: na década de 60, o bicheiro Castor de Andrade foi barrado no Galeão com 500 relógios suíços, que foram confiscados. Alguns meses depois, a Receita Federal levou a leilão os 500 relógios, todos sem o pino de dar corda. Foram levados pro preço módico por ninguém menos que o próprio Andrade, que tinha consigo o complemento mínimo mas indispensável: os pinos.


Procuramos pelo tripé: gente íntegra, capacidade de execução e qualidade do negócio.


Uma parte importante do processo de análise, é começar de maneira destrutiva. "Vamos descobrir um bom motivo pelo qual a gente não deve investir nessa empresa."


 Na crise de 2008, lembrou da época do Collor. Quando a poupança foi confiscada, sobreviveu quem tinha capacidade de gerar caixa, como empresas de ônibus e padarias. E quem ia gerar caixa no dia seguinte (em 2008)? Boeing, Google, Cisco, Microsoft.






quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Guy Spier


Guy Spier é um investidor famoso por ter pago U$ 500mil por um almoço com Warren Buffett.

Ele é gestor de um fundo com sede em Zurique e acaba de escrever um livro chamado: Education of a Value Investor.

Abaixo segue um vídeo de uma palestra que ele fez no Google. E um quadro com alguns pontos interessantes que ele recomenda para os investidores:



  1. Pare de ficar olhando os preços das ações.
  2. Se alguém tentar lhe vender algo, não compre.
  3. Não converse com os gestores das empresas.
  4. Adquira o conhecimento sobre as empresas na ordem certa.
  5. Discuta idéias de investimento somente com pessoas que não tenham nada à ganhar com isso.
  6. Nunca compre ou venda ações quando o mercado tiver aberto.
  7. Se uma ação despencar depois que você comprá-la, não venda ela por dois anos.
  8. Não fale sobre seus investimentos atuais.


Segue o vídeo:





The Education of a Value Investor: My Transformative Quest for Wealth, Wisdom, and Enlightenment

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Estudo: Quem são os clientes de fundos que mais ganham


Eu sou fascinado por uma anedota contada pelo gestor e escritor James O'Shaughnessy, diz Daniel Solin:

"Um ex funcionário da Fidelity (um dos maiores fundos dos EUA) havia acabado de entrar na minha empresa. Ele disse que tinha estudado quais os clientes da Fidelity que tinham obtido o maior retorno investindo nos fundos da empresa: foram aquelas pessoas que tinham se esquecido das contas que tinham na Fidelity, e assim, nenhum fez saques ou aportes nelas."

O'Shaughnessy disse que ele tinha notado algo semelhante com as famílias disputando heranças. Por causa de batalhas judiciais prolongadas, em alguns casos, bens não podia ser tocado por 10 ou 20 anos. Não podiam entrar em novos investimentos ou vender os antigos. Essas famílias, posteriormente, descobriram que o período de inatividade foi o tempo em que os investimentos tiveram o melhor desempenho.

Daniel Solin escreve que uma série de estudos suportam uma estratégia baseada em inatividade. O que ele achou mais interessante após analisar ​80.000 declarações de investimentos institucionais de 1984 a 2007.

"Como você pode imaginar, havia um monte de compras e vendas durante este período", escreve ele. "Mas o estudo concluiu que as carteiras de investimentos que mais recebiam dinheiro, tiveram desempenho inferior em comparação com as carteiras que tiveram saques.

Em resumo: eles compraram perdedores e venderam vencedores. O autor do estudo estimou que essas decisões tiveram um custo de mais de US $ 170 bilhões em valor."



segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Curto Prazo


Saíram alguns dados da economia chinesa mostrando mais desaceleração que o previsto. As bolsas lá caíram e arrastaram as nossas junto.

Para completar, a Presidenta deu uma entrevista hoje pela manhã no Bom Dia Brasil, com a Miriam Leitão.

Dilma mostrou que, se reeleita, vai endividar ainda mais o governo e continuar com subsídios às empresas amigas.

Economistas de renome já prevêem que se PT for reeleito, Brasil perderá Grau de Investimento. Talvez ainda em 2015.

Resultado disso tudo: Dólar R$ 2,40.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Steve Jobs

As pessoas acham que foco significa dizer sim àquilo em que se precisa focar. Mas isso não tem nada a ver com foco. Foco significa dizer não às centenas de outras boas idéias que existem. É preciso selecionar cuidadosamente. Na verdade, estou tão orgulhoso das coisas que ainda não fiz  quanto das coisas que já fiz. Inovação é dizer não a mil coisas.

Steve Jobs - citação do livro: Antifragil: Coisas Que Se Beneficiam Com O Caos (Em Portugues do Brasil)



Na mesma linha, Warren Buffett tem uma frase muito interessante:

"A diferença entre pessoas bem sucedidas e pessoas muito bem sucedidas, é que pessoas muito bem sucedidas dizem não para quase tudo."


segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Sentar e Pensar

Eu insisto que muito tempo tem de ser gasto, quase todos os dias, para apenas sentar e pensar. Isso é muito incomum nos negócios na América. Eu leio e penso. Enquanto leio e penso, tomo menos decisões impulsivas do que a maioria das pessoas nos negócios. Eu faço porque gosto de levar a vida assim.


Warren Buffett

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Nassim Taleb - Dia do Empreendedor

Texto retirado do livro Antifrágil, recém traduzido ao português:

Dia do Empreendedor

O empreendedorismo é uma atividade arriscada e necessária para o crescimento ou, até mesmo, para a simples sobrevivência da economia.

Não reconheço a importância do homem cujo excesso de confiança o levou abrir um restaurante e fracassar, apreciando minha agradável refeição enquanto ele, provavelmente, está comendo macarrão instantâneo.

Para progredir, a sociedade moderna deveria estar tratando os empreendedores arruinados com a mesma lógica que os soldados mortos... Pois não existe a ideia de soldado fracassado – vivo ou morto (a menos que ele tenha agido de forma covarde) – da mesma forma não existe a ideia de empresário fracassado.

E comparemos os empreendedores com os gestores contratados de empresas que sobem escadas da hierarquia sem nunca ter uma desvantagem real. Seu grupo raramente está em risco.

Meu sonho é que tivéssemos um Dia Nacional do Empreendedor com a seguinte mensagem:

A maioria de vocês fracassará, será desrespeitada, empobrecerá, mas somo gratos pelos riscos que vocês estão assumindo e os sacrifícios que estão fazendo em prol do crescimento econômico do planeta e força os outros a sair da problema. Vocês estão na origem da nossa antifragilidade. A nação agradece.


citação do livro: Antifrágil, Nassim Nicholas Taleb .


quinta-feira, 31 de julho de 2014

Qual a melhor hora de investir?

Fiz esses três gráficos abaixo com o objetivo é mostrar quanto a nossa bolsa rendeu desde o pré e o pós crise de 2008, comparando ela com a inflação e a bolsa de Nova York (S&P 500).

Fica claro que o que mais cresce no Brasil é a inflação.

A menos que você tivesse acertado o fundo do poço da crise, em outubro de 2008, em todas as outras situações teria ganho mais simplesmente com a inflação do que investindo nas empresas.




A bolsa de NY  recuperou-se bem desde a crise. Lá o fundo do poço deles foi em março/09.

Já passou o mesmo valor que estava no pré-crise, em jan/08. (gráfico acima)

Desde então subiu quase 300% (gráfico abaixo).




Já a nossa Bovespa está hoje somente um pouco acima do fundo do poço. Comparando com a inflação não subiu quase nada.  (gráfico abaixo)

E conforme visto no primeiro gráfico, ainda não recuperou os valores do pré-crise.

Apesar dessas notícias ruins, acho que o momento é bom para investir.

Se nossa bolsa vale hoje quase o mesmo do que no desastre de 2008, está muito barata.

Afinal o lucro da maioria das empresas - excluindo as estatais - subiu bastante desde então.





terça-feira, 29 de julho de 2014

Contabilidade Criativa

A análise abaixo é do economista do IPEA, Mansueto Almeida, feita em seu blog mansueto.wordpress.com

Fiquei impressionado, por isso copiei aqui.


O maior truque do mundo: gastos com previdência.

Eu não estava planejando entras neste debate, mas não há como deixar de fazer um alerta sobre a forte desaceleração no crescimento dos gastos com previdência até maio deste ano. Coisa que nem Houdini conseguiria fazer!
summers_houdiniComo se pode observar pela tabela abaixo, desde 1997, em apenas um ano, 2008, o crescimento da despesa previdenciária foi um pouco abaixo de 10% nos primeiros cinco meses do ano. Em todos os demais, o crescimento foi sempre acima de 10% até mesmo no primeiro ano do governo Dilma, em 2011, quando apesar do crescimento real de “zero” do salário mínimo, a despesa com benefícios previdênciários cresceu, nos cinco primeiros meses do ano, 10,4%.
Como é possível então que o crescimento da despesa com previdência este ano nos primeiros cinco meses do ano tenha sido de apenas 5,3%, com crescimento real do salário mínimo que foi de 1%, maior portanto que em 2011? Simplesmente não é possível.
Em linguagem simples e direta,de acordo com o Tesouro Nacional, o crescimento da despesa com previdência este ano até maio foi de R$ 7,4 bilhões, quando deveria ter sido pelo menos o dobro desse valor. Como pode? Não pode e tem algum truque fiscal aqui.
Primeiro truque, o governo postergou o pagamento de precatórios e sentenças judiciais da previdência para o final do ano. Assim, parte da “desaceleração” da conta de previdência é, na verdade, o adiamento de pagamentos que sempre ocorrem nos meses de abril de todos os anos.
Segundo truque, e aqui o caso é mais sério, é possível que o governo esteja utilizando bancos públicos (a Caixa Econômica Federal, por exemplo) para fazer o pagamento dos benefícios e apenas posteriormente repassando os recursos para a CEF. Não sei se isso ocorreu ou vem ocorrendo, mas, teoricamente, é possível que a despesa previdenciária seja paga por um banco público antes da saída do recurso da Conta Única do Tesouro exatamente na virada do mês. Assim, com uma defasagem de poucos dias, seria possível gerar uma falsa economia na despesa previdenciária.
Você tem provas que isso vem ocorrendo? Não tenho, mas desconfio que isso esteja acontecendo e, se estiver, desconfio da legalidade desse tipo de operação. Tenho certeza de uma coisa: É IMPOSSIVEL que a despesa com previdência tenha crescido apenas 5% de janeiro a maio deste ano. Vou repetir: IMPOSSÍVEL.
O Valor Econômico de hoje traz uma matéria na qual analistas se esforçam para entender como o gasto da previdência cresceu tão pouco neste ano. Não conseguiram e não vão conseguir porque, se a minha hipótese dois acima estiver correta, não há como conseguir captar isso em nenhum documento público. Sim, uma auditoria do TCU poderia esclarecer este mistério.
O que me assusta é que, se o governo chegou a este ponto, e espero estar errado, a situação fiscal já está muito mais grave do que todos nós pensamos. O que seria uma situação fiscal muito mais grave? Seria um superávit primário sem receitas não recorrentes próximo de “zero”. Infelizmente, chegamos a um ponto no qual simplesmente não sabemos a real situação das contas públicas. Isto é um primeiro passo para perdermos o grau de investimento.



sexta-feira, 25 de julho de 2014

Bolhas de Ativos

Em entrevista ao Valor Econômico, William White, ex-economista chefe do BIS, diz acreditar que há bolhas de ativos em todos os lugares, motivadas pelos juros baixos dos FED.


Alguns destaques da entrevista:


"Os bancos centrais podem resolver problemas de falta de liquidez, mas não é isso o que nós temos."

"Tudo o que os bancos centrais estão fazendo é comprar algum tempo para os governos."

"Os juros baixos estão inflando bolhas de preços de ativos. Acho ainda que dinheiro muito fácil também tem a capacidade de reduzir o crescimento potencial dos países. Você acaba com juros muito baixos que permitem "bancos zumbis" continuarem a operar. "Bancos zumbis" mantêm vivas "empresas zumbis". "Empresas zumbis competem com outras empresas e basicamente as arrastam para a cova. Há todo tipo de evidência sobre isso no Japão."

"Os juros penetram em todas as fendas. Todas as formas de especulação se tornam mais difíceis com juros mais altos."





quarta-feira, 23 de julho de 2014

Ibovespa x IGPM

Dura é a vida do investidor brasileiro.
  • Desde a crise de 2008, o Ibovespa subiu 37,5%
  • No mesmo período, o IGP-M subiu 34,3%




























As Cidades do Mundo com Mais Milionários

AS 20 CIDADES DO MUNDO COM MAIS MILIONÁRIOS:
1. Monaco (29.21%)
2. Zurich (27.34%)
3. Geneva (17.92%)
4. New York (4.63%)
5. Frankfurt (3.88%)
6. London (3.39%)
7. Oslo (2.90%)
8. Singapore (2.80%)
9. Amsterdam (2.63%)
10. Florence (2.59%)
11. Hong Kong (2.58%)
12. Rome (2.54%)
13. Dublin (2.40%)
14. Doha (2.31%)
15. Toronto (2.29%)
16. Venice (2.25%)
17. Brussels (2.11%)
18. Houston (2.09%)
19. San Francisco (2.07%)
20. Paris (2.04%)


Mussum ensina o que é Inflação



"Inflação é vaselina no forévis do povis."
Mussum

terça-feira, 22 de julho de 2014

Inflação

A INFLAÇÃO E SEUS AMIGOS

Texto de Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e um dos fundadores do Plano Real sobre inflação.

Publicado no Estado de São Paulo -

As primeiras teorias sobre a inflação eram como a cartografia primitiva: roteiros
para a imaginação muito mais que representações científicas e confiáveis da
verdadeira geografia. A inflação surgiu mais ou menos na mesma época e lugar
que o "papel-moeda", sendo muito natural e espontâneo que se associasse uma
coisa à outra. Afinal, a inflação é a perda de poder aquisitivo da moeda, simples
assim.

No Brasil, entretanto, logo emergiu um visão alternativa e imaginosa que tomava
emprestada à engenharia uma palavra que mudaria para sempre nossa maneira
de olhar as mazelas da economia: dizia-se que a inflação brasileira era "estrutural".

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Poucos se dão conta da importância e da contundência desse drible dado pelos
"estruturalistas": nunca se fazia uma defesa aberta da inflação, mas um ataque às
políticas monetárias ortodoxas e à austeridade. Em retrospecto, deveria ser claro
que "o inimigo do meu inimigo é meu amigo" e os "estruturalistas" estavam
trabalhando a favor da inflação, às vezes admitindo "expropriar os rentistas" ou
"tributar a riqueza ociosa", um argumento que frequentemente se associava a lord
Keynes.

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A própria presidente disse recentemente que reduzir a meta de inflação de 4,5% (na
verdade 6,5%) para 3% faria o desemprego pular para 8% ou mais.

De onde saiu essa matemática?

Se fosse verdade, a redução na taxa de inflação de 916% para 5%, observada entre
1994 e 1997 (taxas acumuladas para o ano calendário), teria criado um caos. Em
vez disso, o desemprego oscilou de 5,1% para 5,7%. Para quem não é do ramo parece mágica, não é mesmo?

O fato é que as autoridades governamentais prosseguem com o velho truque de
antagonizar o combate à inflação e não a inflação, assim se esquivando de fazer
uma defesa aberta dessa sua criatura amiga, órfã apenas na aparência, que parece
nascer de causas naturais sem que ninguém lhe dê o que comer.
Quem são os amigos da inflação?
Basta olhar para os inimigos do combate à inflação.

EX-PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL E SÓCIO DA RIO BRAVO
INVESTIMENTOS

via Estadão

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Diário da Depressão

Durante a crise de 1929, Benjamin Roth escreveu um diário sobre o mercado de ações.

Segue uma das impressões:

A maioria das pessoas não tem paciência para esperar o mau tempo. O especulador médio está tão fundo no mercado que quando a quebra vem, não têm dinheiro para os barganhas. Em 1932, com os preços das ações à 10% do normal, não tinha erro comprar ações de algumas empresas boas. No entanto, nem um homem em um milhão conseguiram fazer isso e é por isso que o clube dos milionários ainda é exclusivo.


via Morgan Housel


Renda Fixa


Espera-se inflação no Brasil nos próximos anos. As sucessivas trapalhadas do Guido Manteiga na economia irão cobrar seu preço em algum momento.

Inflação não se baixa com decreto ou fiscalização de preço. Sarney, Hugo Chave e Cristina Kirchner já tentaram isso sem sucesso.

Em algum momento a gasolina vai subir, bem como a energia elétrica. As greves do setor público  e os empréstimos do BNDES também impõem inflação à economia.

A pior coisa que poderia acontecer é o dólar subir, levando junto os preços dos importados e aumentando ainda mais a inflação.

O mercado está antecipando o aumento de preço e comprando títulos atrelados à inflação.

No final os mais prejudicados pela inflação não são os empresários e investidores, mas as parcelas mais pobres da população.




quinta-feira, 10 de julho de 2014

Greenblatt - Conceitos Básicos

"Voce precisa entender dois conceitos básicos.  Primeiro que comprar boas cias à preço de barganha faz sentido.  Segundo que pode demorar muitos anos até o Sr. Mercado reconhecer a barganha."
Joel Greenblatt 

Mercado de Ações


No Brasil temos 369 empresas que negociam ações na Bolsa de ValoresE esse ano 14 delas querem fechar o capital e sair da Bolsa.

Já nos EUA, são mais de 5.000 empresas na Bolsa. 

Em um ano movimentado, as bolsas americanas tem mais que 300 IPOs.  É isso mesmo, mais do que o total de ações do Brasil em apenas 1 ano.






quinta-feira, 3 de julho de 2014

O Investidor Inteligente

Estive lendo o famoso clássico de Ben Graham, "O Investidor Inteligente", com os comentários de Jason Zweig.

Nos comentários, fala-se bastante sobre empresas que fazem aquisições constantes, usando seu dinheiro ou ações para comprar outras empresas.

Veja o que diz:

Se uma empresa vive comprando ações de outras, isso é um mau sinal. Afinal se a própria companhia prefere investir seu dinheiro em outras empresas do que no seu próprio negócio, talvez você devia ouvir essa dica e também procurar outro lugar para investir.


Sobre o livro, após ter lido mais de 10 livros sobre Buffett e Munger, não achei nada de novo. Mas para iniciantes acho que ele pode ser muito bom.


quarta-feira, 2 de julho de 2014

Brasil: o mais barato?

Um estudo da Morning Star coloca o Brasil como a Bolsa mais barata do mundo atualmente.

Veja o gráfico com os países avaliados e suas colocações.



quinta-feira, 26 de junho de 2014

O Que Faz o Mercado Girar?

O analista norte-americano Barry Ritholtz, fez um levantamento para analisar algumas métricas que funcionam ou não na previsão dos mercados.

O objetivo dele é mostrar que nós não devemos nos importar com as notícias diárias, pois elas tem pouquíssima influência nos mercados à longo prazo.

O PIB subiu? As margens caíram? A influência disso é zero.

O link para a apresentação está abaixo.






























Eu Sei Que

Eu sei que a multidão quase sempre está certa.

Eu sei que nenhuma estratégia funciona o tempo inteiro.

Eu sei que valor contábil e dividendos são muito mais difíceis de serem manipulados do que receita e lucro.

Eu sei que devo ignorar dicas de ações.

Eu sei que comprar na baixa e vender na alta são o jeito de ganhar dinheiro.

Eu também sei que quase ninguém compra na baixa e vende na alta.

Eu sei que quando algo não pode acontecer... pode sim e é bem provável que aconteça.

Eu sei que as expectativas importam mais que os números reais.

Eu sei que tentar adivinhar o fundo do poço ou o topo do mercado não são um jeito consistente de ganhar dinheiro.

Eu sei que a bolsa sempre está atingindo novos picos.

Eu sei que existem umas 4.000 variáveis que podem influenciar os mercados.

Eu também sei que o jeito que cada uma dessas variáveis afeta o mercado não é constante.

Eu sei que o mercado é frustrante.

Eu sei que investir para aposentadoria não é divertido.

Eu sei que ler é a coisa mais importante de todas.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Emergentes X EUA

Emergentes X EUA

Um artigo da Research Affiiliates faz uma comparação entre os mercados emergentes e os EUA.

Alguns gráficos e constatações do artigo, abaixo.

  • Nos últimos anos o retorno das ações nos EUA tem sido superior aos emergentes:


Isso deixou as ações norte-americanas caras em relação aos emergentes.

  • O gráfico abaixo mostra uma comparação entre o Setor de Consumo nos EUA (laranja) e nos Emergentes (azul):

Coluna da esquerda é comparação preço/lucro e coluna da direita é preço/patrimônio líquido.



  • E uma comparação entre o Setor de Energia, o que possui a maior distorção atualmente:




Cabe observar que nesse setor a distorção é exacerbada por todas as besteiras populistas realizadas no Brasil, que acabaram por dilapidar o valor das cias. de energia, como: tarifaço na energia elétrica, corrupção e ingerência na Petrobrás.


O artigo recomenda investir nos emergentes para aqueles que tem visão de longo prazo.


Artigo Original:  Mercados Emergentes X EUA


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Frase do fundador da Pixar

"Se você nunca comete erros, então está fazendo algo muito pior: Está sendo motivado pelo desejo de evitar erros."

Ed Catmull, Presidente da Pixar

Creativity Inc, biografia de Ed CAtmull


domingo, 22 de junho de 2014

O Erro

"Quando você aprende o que não fazer para não perder dinheiro, você aprende o que fazer para ganhar dinheiro."

Essa frase é de um dos maiores especuladores dos EUA, Jesse Livermore, que chegou a ganhar mais de U$ 100 milhões no período de 1929.

Mohnish Pabrai, quando foi montar seu fundo, estudou todos os investimentos realizados por Warren Buffett. O que ele mais procurava era os erros de Buffett, tentando aprender com eles.

Com isso ele estava tentando buscar essa vantagem de saber o  que não fazer, aprendendo com os erros dos outros.

Como diz Nassim Taleb também, você aprende muito mais lendo um livro sobre como "perder um milhão" do que como "ganhar um milhão".


quarta-feira, 11 de junho de 2014

Evitar ser Estúpido é Melhor do que Tentar ser Inteligente

É notável a vantagem que pessoas como nós tivemos simplesmente tentado evitar sermos estúpidos, ao invés de tentarmos ser muito inteligente. Deve haver alguma sabedoria no ditado popular: São os nadadores mais fortes os que se afogam.

Charlie Munger


Via Farnam Street: Avoiding Stupidity is Easier than Seeking Brilliance


segunda-feira, 9 de junho de 2014

Dívida e Alavancagem

A alavancagem jamais pode transformar um investimento ruim em bom.Mas pode transformar um bom investimento em ruim ao ao fazer a perda temporária de capital (volatilidade) em uma perda permanente de capital, ao forçar você à vender na hora errada, para pagar a dívida.
James Montier - GMO

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Questionando A Si Mesmo

Uma das questões mais comuns nos investidores de sucesso é questionarem a si mesmos grande parte do tempo.

George Soros e Nassim N. Taleb costumam dizer que a primeira coisa necessária à fazer quando se tem uma idéia, é procurar se ela é falsa.


Enquanto a maioria das pessoas procura informações ou dados que provem que a idéia que tiveram é verdadeira, os grandes pensadores procuram informações que desprovem sua idéia.

Somente se passar nessa primeira etapa eles vão buscar comprovar se esta é verdade ou não.

Esse é o princípio por trás da frase tão famosa de Sócrates: "Só sei que nada sei".

Enquanto a maioria das pessoas diz que sabe tudo, os grandes se dispõem à dizer "não sei".
Assim a pessoa mostra que a verdade/conhecimento é mais importante pra ela do que o EGO.

Não é fácil dizer "não sei". Faça um teste. É mais difícil ainda para alguém que está numa posição de poder, como um chefe, burocrata, ministro da fazenda, presidenta...


Algumas frases para fechar o assunto:

Você precisa sempre considerar os argumentos opostos ao seu. Especialmente quando eles desafiam suas idéias mais amadas.Charlie Munger


Você sempre tem que estar disposto à mudar de idéia. Na verdade é mais do que isso, você precisa questionar suas idéias.
George Soros


Para avaliar se uma idéia está certa, é necessário primeiro verificar se ela está errada.
Karl Popper