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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

A Real Queda da Bolsa

Muito tem sido dito que, desde o início do governo Dilma, a Bolsa já caiu mais de 40%. Embora isso seja verdadeiro em termos nominais, em termos reais é ainda pior.


Em maio de 2010, o Ibovespa fechou cotado em 70.371 pontos. Nessa semana, o Ibov fechou em 37.937 pontos, queda nominal de 46%.

O problema é que, durante esse mesmo período, a inflação medida pelo IGP-M subiu 52%. 


Considerando a base de março/2010, o Ibovespa deveria estar em 106.000 pontos apenas para repor a inflação.

Logo, considerando a inflação, a queda do Ibovespa chega à 64%.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

CRASH

Queria compartilhar dois gráficos.

O primeiro é da @denysegodoy em um artigo para a Bloomberg e mostra o Ibovespa em Dólar:



Em dólar, o Ibovespa já caiu mais de 70% desde 2011.
Em reais a coisa também não é boa, a queda já chega a 45%. 


Agora o outro gráfico, do @tmfhousel  no twitter.

Esse gráfico mostra qual é a probabilidade das ações estarem mais altas 5 anos após uma queda na bolsa, de acordo com o tamanho da queda (barra azul).

E também qual a média dos retornos nesses 5 anos, relativos ao tamanho da queda (barra amarela).



Para uma queda maior de 40%, é estimado que após 5 anos as ações subam mais de 100%.


A melhor hora para comprar é justamente quando todos estão fugindo e com medo. O medo é importante para sobrevivência, mas também causa irracionalidade e impede uma melhor perspectiva.



Mais uma coisa: temos que aceitar que ninguém sabe o que o futuro espera. 
Por isso a palavra estimado aí em cima. É provável que isso aconteça, não é certeza.

Quando alguém disser que "sabe" o que vai acontecer, essa pessoa provavelmente é um charlatão ou pior.


Fonte: http://www.bloomberg.com/news/articles/2016-01-13/btg-quantitas-say-ibovespa-at-decade-low-has-further-to-fall

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Dólar e Ibovespa

O Ibovespa nunca esteve tão baixo e o Dólar nunca esteve tão alto nos últimos anos.

Segundo levantamento feito pelo Prof. Bernardo Guimarães, da FGV, o momento atual é mais baixo do que o provocado na Crise de 2008.


Enquanto o dólar nominal e real estão num patamar muito próximo.


Para quem quiser ler as matérias, seguem os links:

Índice bovespa chegou ao nível mais baixo em 10 anos - http://goo.gl/Hc2PjN
Quão caro está o dólar? - http://goo.gl/XLbwGn

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

De volta

Já faz tempo que não posto nada. Tenho dedicado à maior parte do meu tempo para minhas empresas e o que sobra tenho gasto lendo livros, então não sobrou muito tempo pro blog.

Há também o fator da atual situação do nosso mercado: a coisa está tão feia que não há muito o que fazer. A única aposta boa hoje é comprar dólar e juros. 

Não tenho me sentido muito confiante para investir em ações, embora algumas empresas já estejam parecendo extremamente baratas. Talvez até por ter me concentrado em outras questões.

Contudo, acho que estamos nos aproximando do momento em que nossa bolsa vai mudar a tendência.  Já caímos demais, tem muita coisa barata.
Lógico que não sei quando exatamente isso vai acontecer.

O mais importante é fazer a lição de casa, avaliar o valor das empresas e, caso ela esteja bem barata, ter sangue frio e investir.

Com diz o famoso investidor Seth Klarman:

Nosso trabalho consiste em tentar pegar facas que estão caindo, sem cortar "muito" a mão.


terça-feira, 5 de maio de 2015

CHINA

Acabo de voltar de uma longa viagem de turismo à China. 

Já tinha ido ao país à negócios 10 anos atrás e agora voltei para conhecer um pouco mais sobre como funciona esse gigante. Seguem minhas impressões:

PAÍS

A China, em mandarim, é chamada de Império do Meio. Isso porque eles acreditavam que o país estava localizada bem no meio do mundo.

As cidades são incríveis, infra-estrutura extraordinária, tecnologia e riqueza. Viadutos, metro, arranha-céus.

As cidades são muito organizadas. Mesmo Pequim e Shangai que tem mais de 20 milhões de habitantes são limpas, organizadas e não tem nem uma fração dos engarrafamentos de SP ou RJ.
As cidades grande tem 20MM de hab. As médias próximo de 10MM. As pequenas 3 milhões.

O salário mínimo é +ou- 1.000 Yuan. Imposto de Renda chega a 45%, mas pelo que entendi sonegação é generalizada. 

Já o campo é precário, a maior parte é agricultura manual de subsistência. Das 1.3 bilhões de pessoas, 700 milhões ainda estão no campo.

1 em 10 pessoas do mundo é um fazendeiro chinês.

CONSTRUÇÕES

Construção em nível frenético. Nunca vi tantos guindastes em minha vida.

Viagem 1.500 km num trem bala entre Beijing e Xi´An. Nesse trajeto vi milhares de prédios sendo construídos. Rodovias de 3 ou 4 pistas com quase nenhum carro rodando. Viadutos que pareciam não ligar nada.

Apesar disso ter me dado a impressão de bolha, metade do país ainda deve migrar do campo para as cidades, ainda há muito por crescer.

O preço do m2 na periferia é próximo de 4.000 Yuan. Achei a relação próxima com a do Brasil.


CORRUPÇÃO E NEGÓCIOS

As maiores empresas são estatais. Todos os bancos e a maioria das construtoras.

A corrupção é endêmica, mas em níveis bem inferiores ao Brasil. Apesar de roubar eles estão entregando.

Para abrir uma empresa é necessário um parceiro chinês. Embora a lei não fale isso, sem o parceiro será muito difícil vencer a grande burocracia chinesa.

Para quem é membro do Partido Comunista, é fácil conseguir um cargo de alto escalão e enriquecer ao estilo Pedro Barusco.

EDUCAÇÃO

A educação é prioridade e a evolução é visível.

A geração com 60 anos não sabe escrever, talvez leia alguma coisa.
A geração com 30 anos sabe ler e escrever.
A geração com 05 anos já tem inglês obrigatório no colégio.

Eles estão no 1º lugar mundial de matemática. Contudo o foco é praticamente este. Geografia e história mundial não são prioridades. Muitas pessoas não sabiam onde era o Brasil.

GOOGLE

O Google é bloqueado na China. Nada que é do Google funciona lá, nem mesmo Maps ou Gmail.
Twitter, Facebook e Instagram também são bloqueados.

As pessoas usam o Baidu para pesquisas e mapas. Eu tentei mas é uma porcaria. Não achei no site a opção para mudar de ideogramas para inglês.

CENSURA

Lembrar que estamos numa ditadura é fácil. O tempo todo o endeusamento ao Mao Tsé Tung é presente. Cartazes, placas, camisetas, propaganda, parece até um filme do Joseph Goebels.

As pessoas não sabem o que aconteceu na Praça da Paz Celestial. Todos os jornais são do governo, tudo é censurado. Até os guias turísticos são doutrinados pelo partido.

Quando falei que estávamos protestando para que a nossa presidente renunciasse ao cargo eles não conseguiam conceber essa idéia. O país tem 5.000 anos mas nunca passou por um período de democracia, eles não sabem o que é isso.
(inscrição no alto da muralha diz: seja leal ao Mao Tsé Tung)

MANDARIM

Ler e escrever em chinês é um trabalho hercúleo. Cada ideograma representa uma palavra. Para começar a ler e escrever é necessário aprender em torno de 2.000 ideogramas.

Embora o Mandarim seja a língua oficial, vários dialetos são falados. No Sul, a região mais rica, se fala cantonês e não mandarim.

Vejo que a escrita deles realmente é uma barreira para que possam se tornar líderes mundiais. Talvez uma grande simplificação do mandarim ou mesmo passar a adotar o alfabeto romano seja uma passo à ser tomado nos próximos 20 anos.

INGLÊS

Poucas pessoas falam inglês e somente algumas coisas estão escritas em alfabeto romano. Mesmo em pontos turísticos e hotéis. Até para pedir comida num McDonalds foi difícil.

Sem guia é impossível viajar, ainda mais se for sair da rota padrão, como foi meu caso.

Contudo hoje, para se formar em uma universidade, é preciso passar no teste de inglês. Os jovens e as próximas gerações estão mudando isso por completo.

COMPRAS

Embora todos os eletrônicos do mundo sejam fabricados por lá, não é barato comprar laptop, tablet ou celular. Somente as marcas chinesas tem subsídios do governo e preços mais acessíveis. Roupas idem.

TRÂNSITO

O trânsito é uma grande loucura. A regra é a contrária dos outros países: a preferência é do maior veículo. E o pedestre está em último lugar.

O principal meio de locomoção são as motos elétricas. Vi uma 0km à venda por 1.800 Yuan, ou R$ 900. As motos elétricas não precisam de registro, placa, carteira de motorista ou seguro. É comprar e sair andando.

E embora seja proibido andar na calçada, essas motos não estão nem aí. Vão pela calçada buzinando pros pedestres saírem da frente.

É uma zona, buzina o tempo inteiro. Mas por incrível que pareça, não vi acidentes.

CONCLUSÃO

A China é uma terra de contrastes. É um país crescendo e em grandes mudanças. A população deseja muito enriquecer e o governo está um pouco preocupado em civilizar seu povo (a geração dos mais velhos é grosseira e porca).

O comunismo existe apenas na teoria. O capitalismo é selvagem e o dinheiro compra tudo. Tudo mesmo.

O comunismo de faz de conta, a censura e até mesmo o crescimento econômico, são armas que o Partido Comunista está usando para se manter no poder. A população está feliz com o crescimento e enquanto a economia estiver bem, o governo não será contestado.

Fique com a impressão de que o crescimento chinês e o poder do PC ainda vão durar mais uns 20 anos. Ainda que hajam percalços neste caminho.

A China dominar o mundo é uma questão de tempo.

 
Agricultura de subsistência no interior e grandes metrópoles na costa


terça-feira, 24 de março de 2015

Longo Prazo

O excelente Ben Carlson, do blog Wealth of Common Sense escreveu um pouco sobre o que é longo prazo.

No mercado financeiro, longo prazo costuma ser considerado algo próximo de 5 anos ou mais.
Contudo, nos negócios e na vida isso não é um prazo muito longo. Só para exemplificar, o Iphone 1 foi lançado 8 anos atrás...

E mesmo no mercado financeiro, as Ações são imprevisíveis em períodos curtos.

Vejam o gráfico do artigo: considerando períodos de apenas 1 ano, os retornos do S&P 500 foram muito voláteis. Negativos em quase 1 em cada 4 anos e com volatilidade média de 21%.



Já quando consideramos períodos mais longos, no caso o retorno acumulado de 5 anos, a coisa melhora muito: apenas 1 em cada 8 período de cinco anos foi negativo.


E naquilo que eles consideram longo prazo mesmo, que períodos de 30 anos, vê-se que não houve nenhum momento negativo. Nesses prazos, o menor rendimento foi de 7,4% e o maior de 14,6% ao ano.






sexta-feira, 6 de março de 2015

Magic Formula

Existe um livro muito conhecido chamado The Little Book That Beats the Market, onde seu autor apresenta a "Magic Formula": uma fórmula matemática para ganhar do mercado de ações.

A "Fórmula" consiste em buscar as ações que possuam ao mesmo o menor EV/EBITDA e o maior ROIC.
É um método interessante, especialmente para quem não pode dedicar muito tempo às análises das cias.

Um blog que trata bastante sobre esse assunto, o Barganhas da Bolsa.

No seu último post ele fala sobre um teste para descobrir se a "Fórmula Mágica" funciona no Brasil. Abaixo reproduzo parte do post:



Mas será que esse método pode ser aplicado no Brasil?
...Em um estudo realizado no ano passado pela FGV-SP, o autor Rodolfo Zeidler mostrou que de janeiro de 2003 a maio de 2014 a carteira hipotética com ações selecionadas pelos critérios da Magic Formula (como Greenblatt batizou seu método) teve um desempenho muito superior ao do Ibovespa.

No período, vemos acima que o principal indicador da bolsa brasileira cresceu 400% (a uma taxa anual média de 14,1%). Nada mal levando em conta a forte queda de 2008, não? No entanto, nem se compara com o desempenho das 10 ações selecionadas pela nossa fórmula. Nesses mesmos onze anos e meio apresentaram uma alta de 1.500%, a uma taxa média de 27,7% por ano.O autor fez ainda uma versão com somente as cinco primeiras ações indicadas pela fórmula. Nesse caso a disparidade é ainda maior, com um retorno absoluto de cerca de 2.300% no período (31,3% ao ano). Vale ressaltar no entanto que nesse caso a volatilidade da carteira aumenta, devido ao menor grau de diversificação.
 via Barganhas da Bolsa

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Bolsas ao redor do Mundo

A corretora asiática CSLA fez uma comparação das Bolsas pelo mundo.

Primeiro EV/EBITDA:



Brasil mais caro que Áustria, Noruega e Israel? Incrível.

Segundo P/E, P/B, P/CF, Div/Yield:

No Preço/Lucro o Brasil está mais caro que China, Noruega e Israel (dos relevantes).

Já no Dividend Yield, estamos atrás da vizinha Colômbia e praticamente empatados com a Austrália. A diferença é que na maioria destes países o dividend yield está próximo dos juros dos governos, enquanto aqui não chegamos nem perto.

Talvez o Brasil não esteja tão barato assim comparando com o resto do mundo.



quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Twitter

Dois gráficos que vi no twitter hoje:
O primeiro do @adutroid mostra que no primeiro mandato da Presidente Dilma, a Bolsa teve o pior desempenho acumulado da história. Com prejuízo -13,3% ao ano, perdeu até do General Geisel, quando teve - 13,2% ao ano.



O segundo gráfico do @platosbunker mostra o acumulado do CDI contra o Ibovespa desde 1994. 
Fiz esse mesmo gráfico em maio passado. Um ano depois, a coisa ficou ainda pior, pois a bolsa continua no mesmo marasmo. 
Retorno de quase 19% ao ano somente emprestando pro governo é inacreditável. 
Porque correr riscos se é tão fácil ganhar sem risco e esforço? Muitas vezes me pergunto isso.

Mas por incrível que pareça acredito que há grande chance da Bolsa se recuperar esse ano. Com estímulos internacionais bombando, pode sobrar um pouco de caldo para o Brasil. 



quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Por que o dólar sobe?


Por vários motivos. Dois que são importantes são esses:

1) O dólar está se valorizando no mundo inteiro. 


  • Não é apenas o real que está caindo, na verdade o dólar está subindo em relação à várias moedas. O principal motivo é que a economia americana está crescendo e, em breve, o FED deve subir os juros nos EUA. O Rublo Russo, moeda que mais se desvalorizou frente ao dólar, chegou à perder 60% do valor apenas em 2014.

2) O Brasil não fez Superávit Primário.


  • Superávit é a diferença entre o que o governo arrecada e o que ele gasta. Se o governo arrecadou mais do que gastou, ele teve superávit secundário.
  • Como no Brasil nunca cumprimos isso, criou-se o tal Superávit Primário. Significa que o governo arrecadou mais do que gastou, tirando da conta os gastos com juros. Então o superávit primário é quanto o governo economizou para pagar os juros da dívida (detalhe que isso significa que ele nem ao menos pagou todos os juros).

Se o governo tem déficit primário, significa que ele gastou mais do que arrecadou e não pagou absolutamente nada dos juros da dívida. Terá que fazer um novo empréstimo apenas para poder pagar os juros atrasados.

O Real perde valor porque o governo perdeu credibilidade. Mostramos ao mundo que não somos capazes de administrar as contas públicas. Os credores do Brasil ficam com medo e tiram seu dinheiro daqui.

E é vergonhoso mesmo. Equivale à alguém que lhe deve dinheiro, para pagar os juros da sua dívida ter que ir no banco fazer um novo empréstimo. 






quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Bolsa e Dólar

Se você perdeu a escalada do Dólar, não fique tão triste.

Lógico que ele pode subir mais, ninguém sabe até onde vai. Contudo, a nossa Bolsa está muito mais barata que a dos EUA.

Enquanto o Preço/Lucro lá está em 26x, aqui está em 10x (isso antes dessa queda de dezembro).



Muitos estão comparando essa crise com a de 1998, quando ocorreu a fuga dos emergentes.

Apenas um dado tal crise:

- Em 1998 a Bolsa da Rússia chegou a cair 90% da máxima atingida;
- Em 1999 ela subiu 150%.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

SELIC: nada supera essa marca


Atualizando a tabela dos melhores investimentos desde a crise de 2008.

  • Selic segue como Rei, superando Bovespa e S&P 500, com volatilidade próxima a zero. Enquanto nosso país (governo + população) tiver taxa de poupança negativa, não há o que faça os juros baixarem.
  • Nossa Bolsa de Valores ainda não recuperou os valores pré-crise de 2008. Também não parece que vai tão cedo.
  • Não é por nada que o número de investidores na Bolsa só diminui.























quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Nossa Tese de Investimento


Achei esse texto tão interessante que resolvi traduzir. Segue:

Research Affiliates - Chris Brightman, Jonathan Treussard, Jim Masturzo.


Nossa Tese de Investimento


Imitar o rebanho faz tudo retornar à média — Charlie Munger

Antes de descrever cada uma das nossas teses centrais, vamos começar como o nosso princípio central de investimentos:

A maior e mais persistente oportunidade de investimentos é que, no longo prazo, tudo retorna à média.

De forma simples, comprar ativos que estejam depreciados (e consequentemente rendendo altos dividendos) e ter a convicção de segurar esses ativos/posições, mesmo que por períodos extensos, permite aos investidores obter retornos mais elevados correndo menos risco. O lado ruim é o custo emocional elevado. Esse princípio central é a conclusão das nossas três teses abaixo.

1. As preferências dos investidores vão além de risco e retorno.

A psique humana é rica e complexa e muito difícil de ser capturada num livro de finanças. Sim, os investidores podem medir a proporção risco/retorno. Contudo, nossa experiência mostra que os investidores são afetados pelo desejo de acompanharem o rebanho e o medo de ser considerado um pária. As pessoas também sentem orgulho de possuir ações de empresas bem sucedidas e evitam aquelas que recebem mídia negativa. Nós achamos isso natural ao ser humano, e nossa experiência tem mostrado que esse é o comportamento padrão. Os novos estudos sobre comportamento humano também mostrado que essa é a realidade.

2. Os preços variam ao redor do valor justo.

"No curto prazo o mercado é uma máquina de popularidade, mas no longo prazo é uma balança." - Benjamin Graham

Devido à complexidade e variação das preferências dos investidores, os ativos não tem sempre preços justos. Ao invés disso, os preços podem ficar irracionais por muito tempo. Por dizemos que existe ruído nos preços. Mas nós podemos observar que ruídos levaram os preços dos ativos para onde estão, tornando mais fácil visualizar quais ativos estão caros ou baratos a cada tempo. Ao longo do tempo, esperamos que os ativos voltem à sua média, próximos ao seu valor intrínseco, mesmo com novos ruídos sendo incluídos. Esse retorno à média é o que inclina a balança à favor de comprar na baixa e vender na alta, ou ao menos a vender no preço!

Que suporte podemos dar para essa tese? E qual a magnitude em termos de performance. Na figura abaixo, nós reproduzimos a análise de De Bondt and Thaler’s (1985) sobre retorno futuro de perdedores e vencedores recente, no mercado de ações.

Esse é um dos testes mais diretos sobre ruído e retorno à média. Também mostra resultados expressivos. Escolhendo ações pelo retorno nos últimos 3 anos (e definindo as ganhadores e perdedoras), vemos que na média, o portfólio que compra as perdedoras supera o das vencedoras em quase 25% num período de três anos. Performances deste tamanho não são centavos na frente do caminhão ou apenas notas de 20 na calçada. São retornos consideráveis.


Então com tanta vantagem à mostra e tantas pessoas dedicadas à tentar obter retorno nos mercados financeiros, como podemos acreditar que nós vamos chegar nos melhores ativos antes dos grandes gestores de recursos?

3. Falta de convicção (e/ou regras de legais e de governança) restringe investidores de explorar as situações que geram retornos de longo-prazo.

"... é o investidor de longo prazo, aquele que mais promove o interesse público, que na prática será o mais criticado... Pois a essência do seu comportamento é a de ser excêntrico, não-convencional e imprudente aos olhos da opinião média. Se ele for bem sucedido, isso apenas irá confirmar a opinião quanto sua imprudência; e se tiver prejuízos no curto prazo, ele não receberá misericórdia. A sabedoria mundana diz que é falhar convencionalmente é melhor para a reputação do que ganhar não-convencionalmente" - J.M. Keynes

Pense um pouco sobre essa citação de Keynes e então pergunte a si mesmo: Quando a situação for crítica, quais ativos serão escolhidos por indivíduos, bancos e comitês, ainda mais se suas estratégias diverem desapontado nos últimos anos? Que comitê ou consultor vai arriscar ser visto como não-convencional, imprudente ou excêntrico após ter sofrido alguns anos ruins?

É nossa crença que a falta de convicção dos indivíduos, e como isso se reflete nas instituições controladas por indivíduos, inibe a chance de tirar vantagem dos preços baixos que tem perspectiva de se recuperarem no longo prazo. São essas oportunidades que queremos explorar.

Essas teses nos levam de volta ao princípio inicial: A maior e mais persistente oportunidade de investimento é que, no longo prazo, tudo retorna à média.

“Quem vive de esperança morre em jejum. Não existe ganhos sem sofrimentos.” — Benjamin Franklin

Por isso determinação é tão importante quanto habilidade ou visão. Determinação é crucial na nossa capacidade de obter retornos acima da média ao longo do tempo, através da compra de ativos com preços baixos/alto rendimento e venda de ativos com preços altos/baixo rendimento. Esta decisão permite-nos manter nosso curso e até mesmo rebalancear, aumentando nossa parcela em ativos que continuam a cair de preço. Como se pode imaginar, seria difícil nos amarrar ao mastro sem dispositivos analíticos para suportar nossas crenças de investimento, especialmente um mapa do que o futuro reserva para o cenário de investimentos. Para nós, parte do roteiro é a expectativa de retorno de longo prazo dos mercados e ativos. Estamos disponibilizando isso no nosso website de Alocação de Ativos.

Não é surpresa também que essas expectativas são criadas por nós para informar nosso comportamento dentro de nossas idéias de investimentos, representando nossas previsões para o futuro. Não achamos que o retorno dos mercados nos próximos 10 anos será exatamente aquele que previmos. Ao contrário, não achamos que esse será o caso. Contudo o que estamos prevendo é aquilo que encaramos como mais provável de acontecer. Armados com convicção e alguns dados, acreditamos na nossa habilidade de ajudar os investidores à conseguir a melhor relação risco-retorno no tempo.




quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Dinheiro e Riqueza

O site BrainPickings fez comentários sobre o livro de Paul Graham, "Hackers & Painters", que fala sobre riqueza. Abaixo algumas citações do livro e opiniões do site.

Riqueza não é a mesma coisa que dinheiro. Riqueza sempre existiu na história humana. Dinheiro é uma invenção relativamente nova.
Riqueza é o que você quer, não o dinheiro. Mas então porque todos falam que desejam ter mais dinheiro? Porque o dinheiro é aquilo com o que se troca riqueza, um meio de tornar as coisas intercambiáveis.
Dinheiro deriva da especialização. Para podermos trocar batatas por um serviço de marceneiro, ou quantos cavalos valem uma uma casa.
A função de uma empresa não é ganhar dinheiro, mas gerar riqueza. Produzindo algo que os outros desejam.
Um número grande de pessoas mantém o pensamento da infância de que existe uma quantia determinada de riqueza no mundo. Como se  a riqueza fosse uma torta que não se pode aumentar.
O que leva as pessoas à pensar isso é o dinheiro, porque em vários momentos ou aspectos (numa família, numa conta, numa empresa) o dinheiro é limitado. Mas a riqueza é ilimitada. Você sempre pode criar mais riqueza. Na verdade, desde o início dos tempos, riqueza é constantemente criada e destruída.

Um escritor criar riqueza colocando idéias no papel, está criando riqueza do nada. O Google e Facebook também, pois de uma idéia surgiram os negócios mais valiosos da atualidade.


Riqueza pode ser criada do nada. Também pode ser criada sem ser vendida. Pense nos cientista que trabalham e não ganham nada. Várias das maiores invenções que criamos geraram riqueza para a humanidade ser ter gerado dinheiro. A penicilina nos tornou mais ricos, porque salva vidas. 

Riqueza é o que vem tornando a vida dos seres humanos melhores à cada década. A 100 anos atrás a chance de morremos antes dos 50 era altíssima. Isso acontecia simplesmente porque não tínhamos antibióticos. A medicina nos fez mais ricos como espécie.

A energia elétrica, o motor à vapor, invenções que surgiram da inventidade humana e nos tornaram mais ricos. Ao contrário do pensamento comum, a torta cresce. E muito.






terça-feira, 14 de outubro de 2014

Pensamentos Antifrágil


Quanto mais tempo demorar para o mercado ter uma baixa, maior o estrago. Pessoas desacostumadas a perder dinheiro entram em desespero.


Os charlatões nos dizem o que fazer, mas os sobreviventes nos dizem o que evitar.


Os idiotas querem estar certos. Os não-idiotas querem lucrar.


Não se deixe iludir pelo dinheiro, são apenas números. Ter domínio sobre si mesmo é um estado de espírito.


todos do livro Antifragil: Coisas Que Se Beneficiam Com O Caos (Em Portugues do Brasil)



quarta-feira, 23 de julho de 2014

As Cidades do Mundo com Mais Milionários

AS 20 CIDADES DO MUNDO COM MAIS MILIONÁRIOS:
1. Monaco (29.21%)
2. Zurich (27.34%)
3. Geneva (17.92%)
4. New York (4.63%)
5. Frankfurt (3.88%)
6. London (3.39%)
7. Oslo (2.90%)
8. Singapore (2.80%)
9. Amsterdam (2.63%)
10. Florence (2.59%)
11. Hong Kong (2.58%)
12. Rome (2.54%)
13. Dublin (2.40%)
14. Doha (2.31%)
15. Toronto (2.29%)
16. Venice (2.25%)
17. Brussels (2.11%)
18. Houston (2.09%)
19. San Francisco (2.07%)
20. Paris (2.04%)


terça-feira, 18 de março de 2014

Compre quando houver sangue nas ruas.

Existe uma citação famosa atribuída ao Barão de Rothschild, da estirpe inglesa da família. Ela diz:

"Compre quando houver sangue nas ruas. Mesmo que o sangue seja seu."

Como eu já citei anteriormente, também Howard Marks tem uma abordagem muito parecida. Ele diz que o fator mais importante para um investimento dar certo ou errado é o preço. E que as pessoas devem analisar muito bem se um ativo está valorizado ou não.

Posto isso, coloco esse gráfico abaixo. Ele mostra quais foram as aplicações que mais e menos renderam de março/2005 à março/2009 no lado esquerdo. Já do lado direito, a mesma questão só que para os 5 anos seguintes, terminados agora.

Os ativos que mais tinham sofrido no primeiro período de 5anos, foram os que mais se valorizaram no segundo período. E o que mais tinha se valorizado, foi o único que desvalorizou no próximo período.



"Quanto melhores tiverem sido os retornos de uma classe de ativos nos últimos tempos, menos provável que eles sejam bons no futuro".
Howard Marks

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Livros: Como Ficar Rico!


Se você for ler livros sobre COMO FICAR RICO, tenha certeza que a pessoa que escreveu o livro realmente é rica.

Quase sempre quem escreve esses livros vive do que ganham vendendo livros. Alguns até ficam ricos depois de ir pra lista de best sellers.

Exemplos:  Sr. Dinheiro do Fantástico; também o autor do Pai Rico Pai Pobre.


A melhor expressão sobre isso vêm de Nassim Taleb: "skin in the game".

#1 - Só confie nos conselhos de alguém se a pessoa estiver no mesmo barco que você.
#2 - Só leia o livro se o escritor tiver ficado muito rico com seus negócios/investimentos.


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Onde os Super-Ricos compram imóveis?

A Savills e a Wealth-X fizeram uma pesquisa mundial com as pessoa com patrimônio acima de U$ 30 milhões para descobrir onde eles comprar seus imóveis.
  • Pessoas da América do Norte investem nos EUA.;
  • Latinos investem nos EUA, mas também gostam do Caribe;
  • Europeus são os mais diversificados, compram em várias partes do mundo;
  • Londres é o destino principal do mundo.















Link para o artigo original