quinta-feira, 31 de julho de 2014

Qual a melhor hora de investir?

Fiz esses três gráficos abaixo com o objetivo é mostrar quanto a nossa bolsa rendeu desde o pré e o pós crise de 2008, comparando ela com a inflação e a bolsa de Nova York (S&P 500).

Fica claro que o que mais cresce no Brasil é a inflação.

A menos que você tivesse acertado o fundo do poço da crise, em outubro de 2008, em todas as outras situações teria ganho mais simplesmente com a inflação do que investindo nas empresas.




A bolsa de NY  recuperou-se bem desde a crise. Lá o fundo do poço deles foi em março/09.

Já passou o mesmo valor que estava no pré-crise, em jan/08. (gráfico acima)

Desde então subiu quase 300% (gráfico abaixo).




Já a nossa Bovespa está hoje somente um pouco acima do fundo do poço. Comparando com a inflação não subiu quase nada.  (gráfico abaixo)

E conforme visto no primeiro gráfico, ainda não recuperou os valores do pré-crise.

Apesar dessas notícias ruins, acho que o momento é bom para investir.

Se nossa bolsa vale hoje quase o mesmo do que no desastre de 2008, está muito barata.

Afinal o lucro da maioria das empresas - excluindo as estatais - subiu bastante desde então.





terça-feira, 29 de julho de 2014

Contabilidade Criativa

A análise abaixo é do economista do IPEA, Mansueto Almeida, feita em seu blog mansueto.wordpress.com

Fiquei impressionado, por isso copiei aqui.


O maior truque do mundo: gastos com previdência.

Eu não estava planejando entras neste debate, mas não há como deixar de fazer um alerta sobre a forte desaceleração no crescimento dos gastos com previdência até maio deste ano. Coisa que nem Houdini conseguiria fazer!
summers_houdiniComo se pode observar pela tabela abaixo, desde 1997, em apenas um ano, 2008, o crescimento da despesa previdenciária foi um pouco abaixo de 10% nos primeiros cinco meses do ano. Em todos os demais, o crescimento foi sempre acima de 10% até mesmo no primeiro ano do governo Dilma, em 2011, quando apesar do crescimento real de “zero” do salário mínimo, a despesa com benefícios previdênciários cresceu, nos cinco primeiros meses do ano, 10,4%.
Como é possível então que o crescimento da despesa com previdência este ano nos primeiros cinco meses do ano tenha sido de apenas 5,3%, com crescimento real do salário mínimo que foi de 1%, maior portanto que em 2011? Simplesmente não é possível.
Em linguagem simples e direta,de acordo com o Tesouro Nacional, o crescimento da despesa com previdência este ano até maio foi de R$ 7,4 bilhões, quando deveria ter sido pelo menos o dobro desse valor. Como pode? Não pode e tem algum truque fiscal aqui.
Primeiro truque, o governo postergou o pagamento de precatórios e sentenças judiciais da previdência para o final do ano. Assim, parte da “desaceleração” da conta de previdência é, na verdade, o adiamento de pagamentos que sempre ocorrem nos meses de abril de todos os anos.
Segundo truque, e aqui o caso é mais sério, é possível que o governo esteja utilizando bancos públicos (a Caixa Econômica Federal, por exemplo) para fazer o pagamento dos benefícios e apenas posteriormente repassando os recursos para a CEF. Não sei se isso ocorreu ou vem ocorrendo, mas, teoricamente, é possível que a despesa previdenciária seja paga por um banco público antes da saída do recurso da Conta Única do Tesouro exatamente na virada do mês. Assim, com uma defasagem de poucos dias, seria possível gerar uma falsa economia na despesa previdenciária.
Você tem provas que isso vem ocorrendo? Não tenho, mas desconfio que isso esteja acontecendo e, se estiver, desconfio da legalidade desse tipo de operação. Tenho certeza de uma coisa: É IMPOSSIVEL que a despesa com previdência tenha crescido apenas 5% de janeiro a maio deste ano. Vou repetir: IMPOSSÍVEL.
O Valor Econômico de hoje traz uma matéria na qual analistas se esforçam para entender como o gasto da previdência cresceu tão pouco neste ano. Não conseguiram e não vão conseguir porque, se a minha hipótese dois acima estiver correta, não há como conseguir captar isso em nenhum documento público. Sim, uma auditoria do TCU poderia esclarecer este mistério.
O que me assusta é que, se o governo chegou a este ponto, e espero estar errado, a situação fiscal já está muito mais grave do que todos nós pensamos. O que seria uma situação fiscal muito mais grave? Seria um superávit primário sem receitas não recorrentes próximo de “zero”. Infelizmente, chegamos a um ponto no qual simplesmente não sabemos a real situação das contas públicas. Isto é um primeiro passo para perdermos o grau de investimento.



sexta-feira, 25 de julho de 2014

Bolhas de Ativos

Em entrevista ao Valor Econômico, William White, ex-economista chefe do BIS, diz acreditar que há bolhas de ativos em todos os lugares, motivadas pelos juros baixos dos FED.


Alguns destaques da entrevista:


"Os bancos centrais podem resolver problemas de falta de liquidez, mas não é isso o que nós temos."

"Tudo o que os bancos centrais estão fazendo é comprar algum tempo para os governos."

"Os juros baixos estão inflando bolhas de preços de ativos. Acho ainda que dinheiro muito fácil também tem a capacidade de reduzir o crescimento potencial dos países. Você acaba com juros muito baixos que permitem "bancos zumbis" continuarem a operar. "Bancos zumbis" mantêm vivas "empresas zumbis". "Empresas zumbis competem com outras empresas e basicamente as arrastam para a cova. Há todo tipo de evidência sobre isso no Japão."

"Os juros penetram em todas as fendas. Todas as formas de especulação se tornam mais difíceis com juros mais altos."





quarta-feira, 23 de julho de 2014

Ibovespa x IGPM

Dura é a vida do investidor brasileiro.
  • Desde a crise de 2008, o Ibovespa subiu 37,5%
  • No mesmo período, o IGP-M subiu 34,3%




























As Cidades do Mundo com Mais Milionários

AS 20 CIDADES DO MUNDO COM MAIS MILIONÁRIOS:
1. Monaco (29.21%)
2. Zurich (27.34%)
3. Geneva (17.92%)
4. New York (4.63%)
5. Frankfurt (3.88%)
6. London (3.39%)
7. Oslo (2.90%)
8. Singapore (2.80%)
9. Amsterdam (2.63%)
10. Florence (2.59%)
11. Hong Kong (2.58%)
12. Rome (2.54%)
13. Dublin (2.40%)
14. Doha (2.31%)
15. Toronto (2.29%)
16. Venice (2.25%)
17. Brussels (2.11%)
18. Houston (2.09%)
19. San Francisco (2.07%)
20. Paris (2.04%)


Mussum ensina o que é Inflação



"Inflação é vaselina no forévis do povis."
Mussum

terça-feira, 22 de julho de 2014

Inflação

A INFLAÇÃO E SEUS AMIGOS

Texto de Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e um dos fundadores do Plano Real sobre inflação.

Publicado no Estado de São Paulo -

As primeiras teorias sobre a inflação eram como a cartografia primitiva: roteiros
para a imaginação muito mais que representações científicas e confiáveis da
verdadeira geografia. A inflação surgiu mais ou menos na mesma época e lugar
que o "papel-moeda", sendo muito natural e espontâneo que se associasse uma
coisa à outra. Afinal, a inflação é a perda de poder aquisitivo da moeda, simples
assim.

No Brasil, entretanto, logo emergiu um visão alternativa e imaginosa que tomava
emprestada à engenharia uma palavra que mudaria para sempre nossa maneira
de olhar as mazelas da economia: dizia-se que a inflação brasileira era "estrutural".

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Poucos se dão conta da importância e da contundência desse drible dado pelos
"estruturalistas": nunca se fazia uma defesa aberta da inflação, mas um ataque às
políticas monetárias ortodoxas e à austeridade. Em retrospecto, deveria ser claro
que "o inimigo do meu inimigo é meu amigo" e os "estruturalistas" estavam
trabalhando a favor da inflação, às vezes admitindo "expropriar os rentistas" ou
"tributar a riqueza ociosa", um argumento que frequentemente se associava a lord
Keynes.

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A própria presidente disse recentemente que reduzir a meta de inflação de 4,5% (na
verdade 6,5%) para 3% faria o desemprego pular para 8% ou mais.

De onde saiu essa matemática?

Se fosse verdade, a redução na taxa de inflação de 916% para 5%, observada entre
1994 e 1997 (taxas acumuladas para o ano calendário), teria criado um caos. Em
vez disso, o desemprego oscilou de 5,1% para 5,7%. Para quem não é do ramo parece mágica, não é mesmo?

O fato é que as autoridades governamentais prosseguem com o velho truque de
antagonizar o combate à inflação e não a inflação, assim se esquivando de fazer
uma defesa aberta dessa sua criatura amiga, órfã apenas na aparência, que parece
nascer de causas naturais sem que ninguém lhe dê o que comer.
Quem são os amigos da inflação?
Basta olhar para os inimigos do combate à inflação.

EX-PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL E SÓCIO DA RIO BRAVO
INVESTIMENTOS

via Estadão

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Diário da Depressão

Durante a crise de 1929, Benjamin Roth escreveu um diário sobre o mercado de ações.

Segue uma das impressões:

A maioria das pessoas não tem paciência para esperar o mau tempo. O especulador médio está tão fundo no mercado que quando a quebra vem, não têm dinheiro para os barganhas. Em 1932, com os preços das ações à 10% do normal, não tinha erro comprar ações de algumas empresas boas. No entanto, nem um homem em um milhão conseguiram fazer isso e é por isso que o clube dos milionários ainda é exclusivo.


via Morgan Housel


Renda Fixa


Espera-se inflação no Brasil nos próximos anos. As sucessivas trapalhadas do Guido Manteiga na economia irão cobrar seu preço em algum momento.

Inflação não se baixa com decreto ou fiscalização de preço. Sarney, Hugo Chave e Cristina Kirchner já tentaram isso sem sucesso.

Em algum momento a gasolina vai subir, bem como a energia elétrica. As greves do setor público  e os empréstimos do BNDES também impõem inflação à economia.

A pior coisa que poderia acontecer é o dólar subir, levando junto os preços dos importados e aumentando ainda mais a inflação.

O mercado está antecipando o aumento de preço e comprando títulos atrelados à inflação.

No final os mais prejudicados pela inflação não são os empresários e investidores, mas as parcelas mais pobres da população.




quinta-feira, 10 de julho de 2014

Greenblatt - Conceitos Básicos

"Voce precisa entender dois conceitos básicos.  Primeiro que comprar boas cias à preço de barganha faz sentido.  Segundo que pode demorar muitos anos até o Sr. Mercado reconhecer a barganha."
Joel Greenblatt 

Mercado de Ações


No Brasil temos 369 empresas que negociam ações na Bolsa de ValoresE esse ano 14 delas querem fechar o capital e sair da Bolsa.

Já nos EUA, são mais de 5.000 empresas na Bolsa. 

Em um ano movimentado, as bolsas americanas tem mais que 300 IPOs.  É isso mesmo, mais do que o total de ações do Brasil em apenas 1 ano.






quinta-feira, 3 de julho de 2014

O Investidor Inteligente

Estive lendo o famoso clássico de Ben Graham, "O Investidor Inteligente", com os comentários de Jason Zweig.

Nos comentários, fala-se bastante sobre empresas que fazem aquisições constantes, usando seu dinheiro ou ações para comprar outras empresas.

Veja o que diz:

Se uma empresa vive comprando ações de outras, isso é um mau sinal. Afinal se a própria companhia prefere investir seu dinheiro em outras empresas do que no seu próprio negócio, talvez você devia ouvir essa dica e também procurar outro lugar para investir.


Sobre o livro, após ter lido mais de 10 livros sobre Buffett e Munger, não achei nada de novo. Mas para iniciantes acho que ele pode ser muito bom.


quarta-feira, 2 de julho de 2014

Brasil: o mais barato?

Um estudo da Morning Star coloca o Brasil como a Bolsa mais barata do mundo atualmente.

Veja o gráfico com os países avaliados e suas colocações.