Algumas pessoas me pediram para explicar os termos que aparecem no Blog.
Então aqui seguem questões básicas:
Valor Intrínseco = quanto um investimento vale, independente do seu preço;
Margem de Segurança = é o desconto que um investimento pode apresentar na comparação Valor Intrínseco/Preço. Se o valor for maior que o preço, existe margem de segurança.
Valor Patrimonial = dividindo o Patrimônio Líquido pelo nº de ações, tem-se o valor patrimonial por ação;
P/L ou Preço/lucro ou Price Earnings (P/E) = por quantas vezes o lucro o investimento está sendo vendido ou quantos anos demoraria para reaver o capital de determinado investimento;
P/VP = Preço da ação dividido pelo valor patrimonial. Menor que 1 significa que a ação está sendo vendida à menos do que o Patrimônio Líquido e maior que 1 significa que a ação está sendo vendida por mais do que o valor patrimonial.
NYSE = Bolsa de Nova York ou New York Stock Exchange;
S&P 500 = índice da NYSE, com as 500 maiores empresas;
Russel 1000 = índice da NYSE com as 1000 menores empresas;
Dividend Yield = quanto o dividendo pago pela empresa traz de retorno sobre o preço da ação;
FED = Banco Central dos EUA;
BC = Banco Central do Brasil;
Valor Presente Líquido ou VPL = quando calcula-se quanto algo vai render no futuro e traz-se isso à um valor presente à uma determinada taxa de desconto;
Ex: Durante 10 anos vou receber 100.000 por ano. Considerando que eu possa investir esse capital à 10% ao ano, o Valor Presente deste fluxo de caixa é R$ 614.456.
Ano 0 = 100.000 = Valor Presente é 100.000 porque é o ano zero, não desconta 10%
Ano 1 = 100.000 = Valor Presente à 10% ao ano é 90.909
Ano 2 = 100.000 = Valor Presente à 10% ao ano é 82.644
Ano 3 = 100.000 = Valor Presente à 10% ao ano é 75.131
Indo até o 10º fluxo (ou 9º ano no caso) tem-se que o valor presente de todo o negócio é R$ 614.456.
Outra forma de pensar isso é assim: se hoje eu tenho R$ 90.909 e aplicar esse valor por 1 ano à 10% ao ano, no final desse período terei os 100.000.
Fluxo de Caixa Descontado = é o fluxo de caixa livre que a empresa terá trazido à valor presente. No caso do exemplo acima, é R$ 614.456 considerando uma taxa de desconto de 10% ao ano.
Price is what you pay and value is what you get. --- Os comentários do blog não são recomendações de investimentos.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
FED, por Tolles
E nem irá virar.
Na minha avaliação (não que eu seja um perito em política monetária ou coisa assim), o FED só irá começar a aumentar os juros no próximo ano. Isso porque o mandato do Bernanke acaba no final deste ano e ele não quer a reeleição.
É parte da política do FED deixar pro próximo presidente o aumento dos juros. Assim o novo presidente vem com fama de cowboy, aquele cara que faz o que é preciso. No caso, aumentar os juros.
Foi assim quando Alan Greenspan deixou o FED também. Os juros precisavam subir, mas esperou-se mudar o presidente, assim quando o Bernanke entrou ele ficou com fama de "durão".
Só pra comparação, foi exatamente o que causou um mal estar aqui com Trombini no Banco Central. Ele não aumentou os juros na hora que era preciso, então todo o mercado passou a falar que quem mandava no BC era a dupla Dilmantega e não o Trombini. Em momentos de stress ele precisará correr atrás da credibilidade perdida.
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Porque tudo é caro no Brasil
A revista Economista dedicou uma reportagem a questão de porque tudo no Brasil custa tão caro.
Segue abaixo:
Why is Brazil so expensive?
TRAVELLERS have long known that the richer a country, the more likely a visit is to burn a hole in their wallets. A recent survey by Tripadvisor, a travel website, put Oslo, the capital of super-rich Norway, as the world’s priciest destination, with a one-night stay in a four-star hotel with dinner and drinks for two costing more than $600. But near the top of the sticker-shock rankings is a surprise entry: upper-middle-income Brazil. Hotels in São Paulo, the business capital, or beachside Rio de Janeiro, cost more than in London or Zurich. Visitors who go window-shopping will find the high prices hit locals too. Clothes, cosmetics, electronics and cars are all more expensive, sometimes much more, than in most other places. The Economist’s Big Mac Index finds Brazilian burgers are dearer than everywhere else except in three much richer countries, (Norway, Sweden, Switzerland) and one dysfunctional one (Venezuela). So why is Brazil so pricey?
A special report in this week’s issue explores the question in more detail. A big part of the answer is currency appreciation, caused by economic stabilisation in the 1990s and a huge increase in commodity exports since then. A decade ago a dollar bought 3.5 reais; it now buys less than 2.3 reais—which understates the scale of the change, since Brazil’s inflation was much higher, so reais should have become cheaper, not more expensive. For Brazilians, though, currency appreciation has actually made life cheaper by cutting the price of imports. They point to the fabled custo Brasil (Brazil cost), as the country’s value-for-money problem has long been known. IMF figures show that in most poor and middle-income countries, money goes further than market rates would suggest because wages are lower and non-tradable goods are cheaper. A Mexican’s spending power, for example, is 45% higher at home than if he bought dollars and shopped across the border. But a Brazilian can buy little more at home than he can in the United States.
The custo Brasil has many ingredients, including high taxes (36% of GDP, way out of line with the 21% average for upper-middle-income countries), swingeing import duties and rigid labour laws that make it hard to use workers efficiently. Poor roads and a limited rail network push up freight costs. High interest rates mean firms must spend a packet on financing; high crime adds heavy security costs to their overheads. A terrible education system makes Brazil the world’s second-hardest place for firms to find the skills they need, according to Manpower Group, behind only ageing Japan. Soaring labour costs, which have doubled in a decade as big hikes to the minimum wage set the tone for pay negotiations across the board, have added a new ingredient to the old recipe.
Big price differences mean imports are increasingly taking market share from locals and even Brazilians of relatively modest means have taken to stocking up on foreign shopping-trips. A recent weakening of the currency will give local manufacturers some breathing space, but in the long term the only solution is to become more efficient. The World Bank’s annual report on doing business in a range of countries reads like a productivity to-do list for Brazil: make it simpler to start up and wind up companies; cut and streamline taxes; increase domestic savings and investment. A recent study by the Boston Consulting Group estimated that three-quarters of Brazil’s growth in the past decade came from adding more workers and only a quarter from productivity gains. With few more workers to add, the only way Brazil can start to grow once more is by using the ones it has much better—and becoming cheaper again.
sábado, 28 de setembro de 2013
Os Segredos de Joel Greenblatt
Segue uma entrevista de Joel Greenblatt para a revista Forbes.
Os destaques são:
Os destaques são:
- Existe um grande problema com índices como o S&P 500 ou Russel 1000 (assim como o Ibovespa), porque quanto maior a capitalização de uma ação, maior o seu peso no índice, quando deveria ser o contrário.
- O investidor individual tem uma grande vantagem sobre os institucionais, porque pode ser preocupar só com o longo prazo e esquecer as flutuações diárias.
- O aspecto mais importante em uma empresa é o retorno sobre capital tangível.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
O Cartão com 20 Furos
Buffett costuma dizer que poderia ajudar as pessoas à melhorar seus investimentos de uma forma bem simples:
Complementando, imagino que o que ele queria dizer envolvia um pensamento parecido com esses outros dois abaixo:
"Muitas grandes fortuna foram construídas possuindo um único negócio maravilhoso. Se você entender bem o negócio, não precisa possuir vários."
Warren Buffett
"Negócios extraordinários são tão raros que, quando um deles aparece, você precisa agir com determinação e apostar uma grande parte do seu patrimônio.
Warren Buffett
- Dando à todos um cartão com apenas 20 espaços (ou oportunidades) para investir. Quando esses 20 espaços tivessem sido preenchidos, a pessoa não poderia mais mudar seus investimentos.
Complementando, imagino que o que ele queria dizer envolvia um pensamento parecido com esses outros dois abaixo:
"Muitas grandes fortuna foram construídas possuindo um único negócio maravilhoso. Se você entender bem o negócio, não precisa possuir vários."
Warren Buffett
"Negócios extraordinários são tão raros que, quando um deles aparece, você precisa agir com determinação e apostar uma grande parte do seu patrimônio.
Warren Buffett
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Os fossos de Warren Buffett
"A chave para investir não é avaliar o quanto uma indústria vai afetar a sociedade, ou o quanto ela vai crescer, mas sim determinar a vantagem competitiva de qualquer empresa e, acima de tudo, a durabilidade dessa vantagem. Os produtos ou serviços que têm fossos largos ao seu redor são os únicos que oferecem recompensas para os investidores"
"As empresas lucrativas são como castelos que estão sempre sendo atacadas por competidores que querem tomar seus tesouros. Eu procuro castelos que tenham um grande fosso em volta, cheio de piranhas e jacarés. E sempre dizemos à nossos gerentes que a principal função deles é aumentar esse fosso, ainda que o lucro não tenha aumentado."
Um fosso é aquilo que faz a empresa ser diferente. Por mais que outras empresas lancem novos refrigerantes pra tentar pegar um pedaço dos lucros do setor, eles nunca serão a Coca-Cola. A Coca sempre vai poder vender um pouco mais caro do que Dolly, Cini e até mesmo Pepsi.
A Coca é o exemplo mais claro de empresa que possui um grande fosso que seus inimigos não conseguem cruzar. Por isso mesmo é a empresa preferida de Warren Buffett.
Em sua última reunião de acionistas, uma mulher perguntou o que ele recomendaria para o futuro financeiro do seu filho recém- nascido, ao que o mesmo respondeu:
"Faculdade de medicina e ações da Coca-Cola."
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
A Fórmula de Buffett: Como ficar mais inteligente
A Fórmula de Warren Buffett: Como você pode ficar mais inteligente.
por Shane Parrish, Farnam Street." A melhor coisa que um ser humano pode fazer é ajudar outro ser humano à saber mais. "
- Charlie Munger
" Vá para a cama mais esperto do que quando você acordar. "
- Charlie Munger
A maioria das pessoas passa a vida e não fica mais inteligente. Por quê? Elas simplesmente não fazem o trabalho necessário.
É fácil chegar em casa , sentar no sofá , ver televisão e fica na zona de conforto. Mas isso realmente não vai ajudá-lo a ficar mais esperto .
Claro que você pode ir para o escritório no dia seguinte e discutir os detalhes da última noite do episódio de Breaking Bad ou Guerra dos Tronos. Claro que você sabe o que aconteceu no Survivor. Mas isso não é acúmulo de conhecimento , é um sedativo entorpecente.
Você pode adquirir conhecimento, se você quiser. De fato, há uma fórmula simples , que se seguiu é quase certo para fazê-lo mais inteligente com o tempo. Ele estima que ele passa 80 por cento do seu dia de trabalho lendo e pensando .
" Você não poderia encontrar uma parceria em que duas pessoas se contentar em ler mais horas do dia do que no nosso", comentou Charlie Munger .
Quando questionado sobre como ficar mais esperto , Buffett uma vez levantou pilhas de papel e disse que "ler 500 páginas como esta todos os dias. Isso é como o conhecimento se acumula, igual aos juros compostos."
Como ficar mais esperto? Leia . Um monte.
Warren Buffett diz, "Eu apenas sento no meu escritório e leio todos os dias . "
Segue a matéria completa em inglês:
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Dhandho Investing
Os posicionamentos de Mohnish Pabrai e sua teoria de Dhandho Investing:
1. Investir em negócios existentes;
2. Investir em negócios simples;
3. Investir em negócios e setores que estão passando por maus momentos;
4. Investir em negócios com vantagens competitivas duradouras;
5. Poucas apostas, grandes apostas;
6. Arbitragem é essencial;
7. Margem de segurança - sempre;
8. Investir com baixo risco e futuro incerto;
9. Investir em negócios tradicionais.
1. Investir em negócios existentes;
2. Investir em negócios simples;
3. Investir em negócios e setores que estão passando por maus momentos;
4. Investir em negócios com vantagens competitivas duradouras;
5. Poucas apostas, grandes apostas;
6. Arbitragem é essencial;
7. Margem de segurança - sempre;
8. Investir com baixo risco e futuro incerto;
9. Investir em negócios tradicionais.
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Pequenas Quantias, Grande Retornos
Quem tem pequenas quantias para investir pode conseguir retornos muito maiores.
Quem diz isso é o próprio Buffett:
domingo, 1 de setembro de 2013
Seth Klarman
Um bom ensinamento do famoso Seth Klarman, muito parecido com a regra nº 1 e 2 de Warren Buffett:
O primeiro objetivo de um investidor deve ser evitar ou minimizar os riscos e, só então, focar em retorno. Em resumo, a preservação do capital deve ser mais importante do que a excitação com os ganhos potenciais.
O primeiro objetivo de um investidor deve ser evitar ou minimizar os riscos e, só então, focar em retorno. Em resumo, a preservação do capital deve ser mais importante do que a excitação com os ganhos potenciais.
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