terça-feira, 2 de dezembro de 2014

SELIC: nada supera essa marca


Atualizando a tabela dos melhores investimentos desde a crise de 2008.

  • Selic segue como Rei, superando Bovespa e S&P 500, com volatilidade próxima a zero. Enquanto nosso país (governo + população) tiver taxa de poupança negativa, não há o que faça os juros baixarem.
  • Nossa Bolsa de Valores ainda não recuperou os valores pré-crise de 2008. Também não parece que vai tão cedo.
  • Não é por nada que o número de investidores na Bolsa só diminui.























segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Dinastia Davis


Será uma piada dos deuses que o ativo mais popular de uma Era irá empobrecer aqueles que o possuem?
 A cada 20 ou 50 anos, o melhor investimento do dia atinge o topo e começa um longo declínio. E o ativo que tinha o pior retorno atinge o fundo e começa uma longa subida.
Esses pontos de reversão deixam um pequeno grupo de não-conformistas muito ricos e empobrece a grande maioria, que continua a colocar seus recursos no vencedor de ontem.


The Davis Dynasty: Fifty Years of Successful Investing on Wall Street



quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Nossa Tese de Investimento


Achei esse texto tão interessante que resolvi traduzir. Segue:

Research Affiliates - Chris Brightman, Jonathan Treussard, Jim Masturzo.


Nossa Tese de Investimento


Imitar o rebanho faz tudo retornar à média — Charlie Munger

Antes de descrever cada uma das nossas teses centrais, vamos começar como o nosso princípio central de investimentos:

A maior e mais persistente oportunidade de investimentos é que, no longo prazo, tudo retorna à média.

De forma simples, comprar ativos que estejam depreciados (e consequentemente rendendo altos dividendos) e ter a convicção de segurar esses ativos/posições, mesmo que por períodos extensos, permite aos investidores obter retornos mais elevados correndo menos risco. O lado ruim é o custo emocional elevado. Esse princípio central é a conclusão das nossas três teses abaixo.

1. As preferências dos investidores vão além de risco e retorno.

A psique humana é rica e complexa e muito difícil de ser capturada num livro de finanças. Sim, os investidores podem medir a proporção risco/retorno. Contudo, nossa experiência mostra que os investidores são afetados pelo desejo de acompanharem o rebanho e o medo de ser considerado um pária. As pessoas também sentem orgulho de possuir ações de empresas bem sucedidas e evitam aquelas que recebem mídia negativa. Nós achamos isso natural ao ser humano, e nossa experiência tem mostrado que esse é o comportamento padrão. Os novos estudos sobre comportamento humano também mostrado que essa é a realidade.

2. Os preços variam ao redor do valor justo.

"No curto prazo o mercado é uma máquina de popularidade, mas no longo prazo é uma balança." - Benjamin Graham

Devido à complexidade e variação das preferências dos investidores, os ativos não tem sempre preços justos. Ao invés disso, os preços podem ficar irracionais por muito tempo. Por dizemos que existe ruído nos preços. Mas nós podemos observar que ruídos levaram os preços dos ativos para onde estão, tornando mais fácil visualizar quais ativos estão caros ou baratos a cada tempo. Ao longo do tempo, esperamos que os ativos voltem à sua média, próximos ao seu valor intrínseco, mesmo com novos ruídos sendo incluídos. Esse retorno à média é o que inclina a balança à favor de comprar na baixa e vender na alta, ou ao menos a vender no preço!

Que suporte podemos dar para essa tese? E qual a magnitude em termos de performance. Na figura abaixo, nós reproduzimos a análise de De Bondt and Thaler’s (1985) sobre retorno futuro de perdedores e vencedores recente, no mercado de ações.

Esse é um dos testes mais diretos sobre ruído e retorno à média. Também mostra resultados expressivos. Escolhendo ações pelo retorno nos últimos 3 anos (e definindo as ganhadores e perdedoras), vemos que na média, o portfólio que compra as perdedoras supera o das vencedoras em quase 25% num período de três anos. Performances deste tamanho não são centavos na frente do caminhão ou apenas notas de 20 na calçada. São retornos consideráveis.


Então com tanta vantagem à mostra e tantas pessoas dedicadas à tentar obter retorno nos mercados financeiros, como podemos acreditar que nós vamos chegar nos melhores ativos antes dos grandes gestores de recursos?

3. Falta de convicção (e/ou regras de legais e de governança) restringe investidores de explorar as situações que geram retornos de longo-prazo.

"... é o investidor de longo prazo, aquele que mais promove o interesse público, que na prática será o mais criticado... Pois a essência do seu comportamento é a de ser excêntrico, não-convencional e imprudente aos olhos da opinião média. Se ele for bem sucedido, isso apenas irá confirmar a opinião quanto sua imprudência; e se tiver prejuízos no curto prazo, ele não receberá misericórdia. A sabedoria mundana diz que é falhar convencionalmente é melhor para a reputação do que ganhar não-convencionalmente" - J.M. Keynes

Pense um pouco sobre essa citação de Keynes e então pergunte a si mesmo: Quando a situação for crítica, quais ativos serão escolhidos por indivíduos, bancos e comitês, ainda mais se suas estratégias diverem desapontado nos últimos anos? Que comitê ou consultor vai arriscar ser visto como não-convencional, imprudente ou excêntrico após ter sofrido alguns anos ruins?

É nossa crença que a falta de convicção dos indivíduos, e como isso se reflete nas instituições controladas por indivíduos, inibe a chance de tirar vantagem dos preços baixos que tem perspectiva de se recuperarem no longo prazo. São essas oportunidades que queremos explorar.

Essas teses nos levam de volta ao princípio inicial: A maior e mais persistente oportunidade de investimento é que, no longo prazo, tudo retorna à média.

“Quem vive de esperança morre em jejum. Não existe ganhos sem sofrimentos.” — Benjamin Franklin

Por isso determinação é tão importante quanto habilidade ou visão. Determinação é crucial na nossa capacidade de obter retornos acima da média ao longo do tempo, através da compra de ativos com preços baixos/alto rendimento e venda de ativos com preços altos/baixo rendimento. Esta decisão permite-nos manter nosso curso e até mesmo rebalancear, aumentando nossa parcela em ativos que continuam a cair de preço. Como se pode imaginar, seria difícil nos amarrar ao mastro sem dispositivos analíticos para suportar nossas crenças de investimento, especialmente um mapa do que o futuro reserva para o cenário de investimentos. Para nós, parte do roteiro é a expectativa de retorno de longo prazo dos mercados e ativos. Estamos disponibilizando isso no nosso website de Alocação de Ativos.

Não é surpresa também que essas expectativas são criadas por nós para informar nosso comportamento dentro de nossas idéias de investimentos, representando nossas previsões para o futuro. Não achamos que o retorno dos mercados nos próximos 10 anos será exatamente aquele que previmos. Ao contrário, não achamos que esse será o caso. Contudo o que estamos prevendo é aquilo que encaramos como mais provável de acontecer. Armados com convicção e alguns dados, acreditamos na nossa habilidade de ajudar os investidores à conseguir a melhor relação risco-retorno no tempo.




quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Máximas

Se você tomar cuidado com os perdedores, os ganhadores vão tomar conta de si mesmos.
Howard Marks



Sempre que houver risco, é na probabilidade de perda que você deve se concentrar antes.
Jim Paul



Quem não tem passado, não tem futuro.
Provérbio Árabe


Dinheiro e Riqueza

O site BrainPickings fez comentários sobre o livro de Paul Graham, "Hackers & Painters", que fala sobre riqueza. Abaixo algumas citações do livro e opiniões do site.

Riqueza não é a mesma coisa que dinheiro. Riqueza sempre existiu na história humana. Dinheiro é uma invenção relativamente nova.
Riqueza é o que você quer, não o dinheiro. Mas então porque todos falam que desejam ter mais dinheiro? Porque o dinheiro é aquilo com o que se troca riqueza, um meio de tornar as coisas intercambiáveis.
Dinheiro deriva da especialização. Para podermos trocar batatas por um serviço de marceneiro, ou quantos cavalos valem uma uma casa.
A função de uma empresa não é ganhar dinheiro, mas gerar riqueza. Produzindo algo que os outros desejam.
Um número grande de pessoas mantém o pensamento da infância de que existe uma quantia determinada de riqueza no mundo. Como se  a riqueza fosse uma torta que não se pode aumentar.
O que leva as pessoas à pensar isso é o dinheiro, porque em vários momentos ou aspectos (numa família, numa conta, numa empresa) o dinheiro é limitado. Mas a riqueza é ilimitada. Você sempre pode criar mais riqueza. Na verdade, desde o início dos tempos, riqueza é constantemente criada e destruída.

Um escritor criar riqueza colocando idéias no papel, está criando riqueza do nada. O Google e Facebook também, pois de uma idéia surgiram os negócios mais valiosos da atualidade.


Riqueza pode ser criada do nada. Também pode ser criada sem ser vendida. Pense nos cientista que trabalham e não ganham nada. Várias das maiores invenções que criamos geraram riqueza para a humanidade ser ter gerado dinheiro. A penicilina nos tornou mais ricos, porque salva vidas. 

Riqueza é o que vem tornando a vida dos seres humanos melhores à cada década. A 100 anos atrás a chance de morremos antes dos 50 era altíssima. Isso acontecia simplesmente porque não tínhamos antibióticos. A medicina nos fez mais ricos como espécie.

A energia elétrica, o motor à vapor, invenções que surgiram da inventidade humana e nos tornaram mais ricos. Ao contrário do pensamento comum, a torta cresce. E muito.






terça-feira, 21 de outubro de 2014

Risco Revisto - Howard Marks

Observações sobre o último memorando de Howard Marks: Risk Revisited.

Prefiro não debater risco com pessoas que têm certeza de possuir a resposta, mas que não apostam dinheiro nisso.

 "É melhor estar vagamente certo do que exatamente errado." Carveth Read

Probabilidades são coisas possíveis de acontecer e não certezas.

Risco significa que mais coisas podem acontecer do que vão acontecer. Ou posto de outra forma, "várias coisas podem acontecer, somente uma acontecerá."

Investimentos que parecem arriscados precisam parecer capazes de gerar retornos mais elevados, senão as pessoas não investem neles. E o grande detalhe desta frase é a palavra parecer.

Os investidores tem 2 grandes riscos: o risco de perder dinheiro e o risco de perder oportunidades. É possível eliminar um deles, mas não os dois ao mesmo tempo. E inclinar-se demais em direção à um pode deixá-lo vítima do outro.

No curto prazo pode ser muito difícil entender a diferença entre uma queda momentânea no preço e uma perda permanente.

A idéia de que algo não possui risco é uma das coisas mais arriscadas do mundo.

O maior risco é pagar demais por um ativo, e a melhor forma de reduzir risco é pagando um preço que seja irracionalmente baixo. Preço baixo gera margem de segurança e é isso que significa investir com controle de risco.

Confiança de que possuem os riscos sob controle faz com que os investidores façam apostas extremamente arriscadas.



via Risk Revisited


domingo, 19 de outubro de 2014

Warren Buffett Sobre Estratégias de Investimentos

Transcrevendo uma parte do vídeo, começando em 31:45
Eu amo quando eu compro uma ação e ela cai. Assim poderei comprar mais da mesma ação por um valor mais baixo. Você não fica feliz se o preço das coisas no supermercado fica mais baixo?

As pessoas costumam pensar: eu paguei 10 pela ação e ela caiu pra 5, então se ela voltar pra 10 eu vou vendê-la. Mas a ação não sabe que você tem ela e nem se importa com isso.
A única coisa com a qual as pessoas deveriam estar preocupadas é: eu consigo ganhar mais pelo meu dinheiro em outro negócio ou ação? 
Existem mais de 1.000 empresas na qual você pode investir. Então sempre pode mudar se tiver algo melhor.
O preço da ação não quer dizer nada. O que importa é quanto a empresa vai render no futuro comparada com o preço pelo qual está sendo vendida agora.
E fazer essa avaliação comparando outras empresas que você também compreenda e consiga avaliar.




quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Diário da Depressão - parte 2


Mais sobre o Diário de Benjamin Roth, escrito durante a depressão americana de 1929:

Junho, 1931: Olhando para trás o período de 1922-29 parece irreal e quase inacreditável. Com o fim da 1ª Guerra as pessoas queriam festejar e gastar. Os vestidos das mulheres começaram a ficar mais curtos. A moralidade foi deixada de lado e a festa reinava. Para uma pessoa mais velha, devia ser óbvio que nós estávamos indo em direção para um crash. Mas a maioria das pessoas acreditava que havia chegado uma nova era, onde a festa nunca teria fim.

Julho, 1931: As revistas e jornais estão cheias de artigos dizendo às pessoas para comprar ações, imóveis e outros ativos à preços de barganha. Eles dizem que as coisas vão melhorar e grandes fortunas foram construídas dessa forma. O problema é que ninguém tem dinheiro...


Março, 1933: Em 1931 disse que as coisas não poderiam ficar pior. Esse foi um palpite ruim, em 1932 as coisas ficaram piores.


Junho, 1933: Tenho medo de que a oportunidade para comprar ações com 90% de desconto tenha passado e até o momento não tive como aproveitar isso.


Agosto, 1936: A depressão deixou uma marca muito forte na minha mente, o valor de ter dinheiro suficiente para cobrir as emergências. Minha experiência como advogado mostrou que a maioria das falências são causadas pela falta de caixa e não pela falta de conhecimento técnico ou de negócios.


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Pensamentos Antifrágil


Quanto mais tempo demorar para o mercado ter uma baixa, maior o estrago. Pessoas desacostumadas a perder dinheiro entram em desespero.


Os charlatões nos dizem o que fazer, mas os sobreviventes nos dizem o que evitar.


Os idiotas querem estar certos. Os não-idiotas querem lucrar.


Não se deixe iludir pelo dinheiro, são apenas números. Ter domínio sobre si mesmo é um estado de espírito.


todos do livro Antifragil: Coisas Que Se Beneficiam Com O Caos (Em Portugues do Brasil)



Inteligência ou Disciplina

De uma palestra de Buffett em 2011:



Não existe jogo mais fácil do que ações. Você precisa ter certeza de não jogar com muita frequência.
Você precisa da disciplina de dizer não.


Ajit Jain: A disciplina de dizer não, se você tiver isso e não deixar as pessoas te pressionarem a dizer sim. Se você tem isso, já ganhou 50% da batalha.

via What makes Warren Buffett a great investor